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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

porém, dos resultados que adviriam de banir os preceitos divinos. Se a lei não estivesse<br />

em vigor, por que temer transgredi-la? A propriedade não mais estaria segura. Os homens<br />

obteriam pela violência as posses de seus semelhantes; e o mais forte se tornaria o mais<br />

rico. A própria vida não seria respeitada. O voto matrimonial não mais permaneceria<br />

como o baluarte sagrado para proteger a família. O que tivesse forças tomaria, se o<br />

quisesse, pela violência, a esposa de seu próximo. O quinto mandamento seria posto de<br />

parte, juntamente com o quarto. Filhos não recuariam de tirar a vida a seus pais, se assim<br />

fazendo, pudessem satisfazer ao desejo do coração corrompido. O mundo civilizado se<br />

tornaria um bando de ladrões e assassinos; e a paz, o descanso e a felicidade<br />

desapareceriam da Terra.<br />

A doutrina de que os homens estão isentos da obediência aos mandamentos de Deus<br />

já tem debilitado a força da obrigação moral, abrindo sobre o mundo as comportas da<br />

iniqüidade. Ilegalidade, dissipação e corrupção nos assoberbam qual maré esmagadora.<br />

Satanás está em atividade na família. Sua bandeira tremula, mesmo nos lares que se<br />

professam cristãos. Há invejas, suspeitas, hipocrisias, separação, emulação, contenda,<br />

traição de santos legados, satisfação das paixões. Todo o conjunto dos princípios e<br />

doutrinas religiosas, que deveriam constituir o fundamento e arcabouço da vida social,<br />

assemelha-se a uma massa vacilante, prestes a ruir. Os mais vis dos criminosos, quando<br />

lançados na prisão pelas suas faltas, tornam-se freqüentemente recebedores de dádivas e<br />

<strong>ate</strong>nções como se houvessem alcançado invejável distinção. Dá-se grande publicidade a<br />

seu caráter e crimes. A imprensa publica as minúcias revoltantes do vício, iniciando desta<br />

maneira outros na prática da fraude, roubo, assassínio; e Satanás exulta no êxito de seus<br />

planos infernais. O enfatuamento do vício, a criminalidade, o terrível aumento da<br />

intemperança e iniqüidade de toda sorte e grau, devem despertar todos os que temem a<br />

Deus para que investiguem o que se pode fazer a fim de sustar a maré do mal.<br />

Os tribunais de justiça estão corrompidos. Governantes são movidos pelo desejo do<br />

ganho e amor dos prazeres sensuais. A intemperança obscureceu as faculdades de muitos,<br />

de maneira que Satanás exerce sobre eles quase completo domínio. Os juristas se acham<br />

pervertidos, subordinados, seduzidos. A embriaguez e a orgia, a paixão, a inveja, a<br />

desonestidade de toda espécie, estão representadas entre os que administram as leis. “A<br />

justiça se pôs longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a eqüidade não pode<br />

entrar.” Isaías 59:14. A iniqüidade e trevas espirituais que prevaleceram sob a supremacia<br />

de Roma foram resultado inevitável da supressão das Escrituras; onde, porém, se deve<br />

encontrar a causa da generalizada incredulidade, da rejeição da lei de Deus e conseqüente<br />

corrupção, sob o amplo fulgor da luz evangélica, numa época de liberdade religiosa?<br />

Agora que Satanás não mais pode conservar o mundo sob seu domínio, privando-o das<br />

Escrituras, recorre a outros meios para realizar o mesmo objetivo.

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