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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

luz que Deus fora servido tornar manifesta. “Inquiriram e trataram diligentemente”,<br />

“indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles,<br />

indicava.” Que lição para o povo de Deus na era cristã, para o benefício do qual foram<br />

dadas aos Seus servos estas profecias! “Aos quais foi revelado que não para si mesmos,<br />

mas para nós, eles ministravam.” Considerai como os santos homens de Deus “inquiriram<br />

e trataram diligentemente”, com respeito a revelações que lhes foram dadas para as<br />

gerações ainda não nascidas. Comparai seu santo zelo com a descuidada indiferença com<br />

que os favorecidos dos últimos séculos tratam este dom do Céu. Que exprobração àquela<br />

indiferença comodista e mundana, que se contenta em declarar que as profecias não<br />

podem ser compreendidas!<br />

Posto que a mente finita do homem não seja apta a penetrar nos conselhos do Ser<br />

infinito, ou compreender completamente a realização de Seus propósitos, muitas vezes é<br />

por causa de algum erro ou negligência de sua parte que tão palidamente entendem as<br />

mensagens do Céu. Com freqüência, a mente do povo, e mesmo dos servos de Deus, se<br />

acha tão cegada pelas opiniões humanas, as tradições e falsos ensinos, que apenas pode<br />

parcialmente apreender as grandes coisas que Ele revelou em Sua Palavra. Assim foi com<br />

os discípulos de Cristo, mesmo quando o Salvador estava com eles em pessoa. Seu<br />

espírito se havia imbuído da idéia popular acerca do Messias como príncipe terreno, que<br />

exaltaria Israel ao trono do domínio universal, e não compreendiam o sentido de Suas<br />

palavras predizendo Seus sofrimentos e morte.<br />

O próprio Cristo os enviara com a mensagem: “O tempo está cumprido,e o reino de<br />

Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.” Marcos 1:15. Aquela<br />

mensagem era baseada na profecia de Daniel 9. As sessenta e nove semanas, declarou o<br />

anjo, estenderse-iam até “o Messias, o Príncipe” e com grandes esperanças e antecipado<br />

gozo aguardavam o estabelecimento do reino do Messias, em Jerusalém, a fim de<br />

governar sobre a Terra toda. Pregaram a mensagem que Cristo lhes confiara, ainda que<br />

eles próprios compreendessem mal a sua significação. Ao passo que seu anúncio se<br />

baseava em Daniel 9:25, não viam no versículo seguinte do mesmo capítulo que o<br />

Messias deveria ser tirado. <strong>Desde</strong> o nascimento haviam fixado o coração na antecipada<br />

glória de um império terrestre, e isto lhes cegava igualmente a compreensão das<br />

especificações da profecia e das palavras de Cristo.<br />

Cumpriram seu dever apresentando à nação judaica o convite de misericórdia e, então,<br />

no mesmo tempo em que esperavam ver o Senhor ascender ao trono de Davi, viram-nO<br />

ser agarrado como malfeitor, açoitado, escarnecido, condenado e suspenso à cruz do<br />

Calvário. Que desespero e angústia oprimia o coração dos discípulos durante os dias em<br />

que seu Senhor dormia no túmulo! Cristo viera no tempo exato, e da maneira predita na<br />

profecia. O testemunho das Escrituras fora cumprido em todos os detalhes de Seu<br />

ministério. Pregara Ele a mensagem da salvação, e “Sua palavra era com autoridade.” O

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