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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

que Ele fez. Destarte, a história desta terrível experiência de rebelião deveria ser perpétua<br />

salvaguarda a todos os santos seres, impedindo-os de serem enganados quanto à natureza<br />

da transgressão, livrando-os de cometer pecado e sofrer o seu castigo. Até ao final da<br />

controvérsia no Céu, o grande usurpador continuou a justificar-se. Quando foi anunciado<br />

que, juntamente com todos os que com ele simpatizavam, deveria ser expulso das<br />

habitações de bem-aventurança, o chefe rebelde confessou então ousadamente seu<br />

desdém pela lei do Criador. Reiterou sua pretensão de que os anjos não necessitam ser<br />

dirigidos, mas que deveriam ser deixados a seguir sua própria vontade, que sempre os<br />

conduziria corretamente. Denunciou os estatutos divinos como restrição à sua liberdade,<br />

declarando ser de seu intento conseguir a abolição da lei; que, livres desta restrição, as<br />

hostes do Céu poderiam entrar em condições de existência mais elevada, mais gloriosa.<br />

Concordemente, Satanás e sua hoste lançaram a culpa de sua rebelião inteiramente<br />

sobre Cristo, declarando que se eles não houvessem sido acusados, não se teriam<br />

rebelado. Assim, obstinados e arrogantes em sua deslealdade, procurando em vão<br />

subverter o governo de Deus, ao mesmo tempo que, blasfemando, pretendiam ser vítimas<br />

inocentes do poder opressivo, o arqui-rebelde e seus seguidores foram afinal banidos do<br />

Céu. O mesmo espírito que produziu a rebelião no Céu, ainda inspira a rebelião na Terra.<br />

Satanás tem continuado, com os homens, o mesmo estratagema que adotou em relação<br />

aos anjos. Seu espírito ora reina nos filhos da desobediência. Semelhantes a ele, procuram<br />

romper com as restrições da lei de Deus, prometendo liberdade aos homens por meio da<br />

transgressão dos preceitos da mesma. A reprovação do pecado suscita ainda o espírito de<br />

ódio e resistência.<br />

Quando a consciência é advertida pelas mensagens divinas, Satanás leva os homens a<br />

justificar-se e a procurar a simpatia de outros em seu caminho de pecado. Em vez de<br />

corrigirem seus erros, indignamse contra aquele que reprova, como se fora ele a causa<br />

única da dificuldade. <strong>Desde</strong> os dias do justo Abel até ao nosso tempo, este é o espírito<br />

que tem sido manifestado para com os que ousam condenar o pecado. Pela mesma<br />

representação falsa do caráter divino, por ele dada no Céu, fazendo com que Deus fosse<br />

considerado severo e tirano, Satanás induziu o homem a pecar. E, logrando ser bemsucedido<br />

nisto, declarou que as injustas restrições de Deus haviam motivado a queda do<br />

homem, assim como determinaram a sua própria rebelião.<br />

Mas o próprio Eterno proclama o Seu caráter: “Jeová, o Senhor, Deus misericordioso<br />

e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade, que guarda a beneficência<br />

em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não<br />

tem por inocente.” Êxodo 34:6, 7. Banindo Satanás do Céu, declarou Deus a Sua justiça e<br />

manteve a honra de Seu trono. Quando, porém, o homem pecou, cedendo aos enganos<br />

desse espírito apóstata, Deus ofereceu uma prova de Seu amor, entregando o unigênito<br />

Filho para morrer pela raça decaída. Na expiação revela-se o caráter de Deus. O poderoso

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