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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

se abrirão os vossos olhos”, mostraram-se verdadeiras apenas neste sentido: Depois que<br />

Adão e Eva desobedeceram a Deus, seus olhos se abriram para discernirem a sua loucura;<br />

conheceram o mal, e provaram o amargo fruto da transgressão.<br />

No meio do Éden crescia a árvore da vida, cujo fruto tinha o poder de perpetuar a<br />

vida. Se Adão tivesse permanecido obediente a Deus, teria continuado a gozar livre<br />

acesso àquela árvore, e teria vivido para sempre. Mas, quando pecou, foi despojado da<br />

participação da árvore da vida, tornando-se sujeito à morte. A sentença divina: “Tu és pó,<br />

e em pó te tornarás” -indica completa extinção da vida. A imortalidade, prometida ao<br />

homem sob condição de obediência, foi perdida pela transgressão. Adão não poderia<br />

transmitir à sua posteridade aquilo que não possuía; e não poderia haver esperança<br />

alguma para a raça decaída, se, pelo sacrifício de Seu Filho, Deus não houvesse trazido a<br />

imortalidade ao seu alcance. Ao passo que “a morte passou a todos os homens, por isso<br />

que todos pecaram”, Cristo “trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho.”<br />

Romanos 5:12; 2 Timóteo 1:10. E unicamente por meio de Cristo pode a imortalidade ser<br />

obtida. Disse Jesus: “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê<br />

no Filho não terá a vida.” João 3:36. Todo homem pode alcançar a posse desta<br />

inapreciável bênção, se satisfizer as condições. Todos os que, “com perseverança em<br />

fazer bem, procuram glória, e honra e incorrupção”, receberão “vida eterna.” Romanos<br />

2:7.<br />

O único que prometeu a Adão vida em desobediência foi o grande enganador. E a<br />

declaração da serpente a Eva, no Éden -“Certamente não morrereis” -foi o primeiro<br />

sermão pregado acerca da imortalidade da alma. Todavia, esta declaração, repousando<br />

apenas na autoridade de Satanás, ecoa dos púlpitos da cristandade, e é recebida pela<br />

maior parte da humanidade tão facilmente como o foi pelos nossos primeiros pais. À<br />

sentença divina: “A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:20), é dada a<br />

significação: A alma que pecar, essa não morrerá, mas viverá eternamente. Não podemos<br />

senão nos admirar da estranha fatuidade que tão crédulos torna os homens com relação às<br />

palavras de Satanás, e incrédulos com respeito às palavras de Deus.<br />

Houvesse ao homem sido permitido franco acesso à árvore da vida, após a sua queda,<br />

e teria ele vivido para sempre, sendo assim imortalizado o pecado. Querubins e uma<br />

espada chamejante, porém, guardavam “o caminho da árvore da vida” (Gênesis 3:24), e a<br />

nenhum membro da família de Adão foi permitido passar aquela barreira e participar do<br />

fruto doador da vida. Não há, portanto, pecador algum imortal. Mas, depois da queda,<br />

Satanás ordenou a seus anjos que fizessem um esforço especial a fim de inculcar a crença<br />

da imortalidade inerente do homem; e, tendo induzido o povo a receber este erro,<br />

deveriam levá-lo a concluir que o pecador viveria em estado de eterna miséria. Agora o<br />

príncipe das trevas, operando por meio de seus agentes, representa a Deus como um<br />

tirano vingativo, declarando que Ele mergulha no inferno todos os que não Lhe agradam,

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