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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

não somente condenando a imoralidade e o vício, mas repreendendo o mundanismo e a<br />

apostasia, admoestando os ouvintes a que fugissem apressadamente da ira vindoura. O<br />

povo ouvia com tremor. O Espírito convincente de Deus falava-lhes ao coração. Muitos<br />

eram levados a pesquisar as Escrituras com novo e mais profundo interesse; os<br />

intemperantes e imorais corrigiam-se; outros abandonavam as práticas desonestas, e<br />

fazia-se uma obra tão assinalada, que mesmo pastores da igreja do Estado eram obrigados<br />

a reconhecer que a mão de Deus estava no movimento.<br />

Era vontade de Deus que as novas da vinda do Salvador fossem dadas nos países<br />

escandinavos; e, quando silenciou a voz de Seus servos, pôs Ele Seu Espírito sobre as<br />

crianças para que a obra pudesse cumprir-se. Quando Jesus Se aproximava de Jerusalém<br />

acompanhado das multidões jubilosas que, com brados de triunfo e agitação de ramos de<br />

palmeiras O aclamavam como Filho de Davi, os invejosos fariseus apelaram para Ele a<br />

fim de que as fizesse silenciar; Jesus, porém, respondeu que tudo aquilo era o<br />

cumprimento da profecia, e que, se aquelas vozes se calassem, as próprias pedras<br />

clamariam. O povo, intimidado pelas ameaças dos sacerdotes e príncipes, cessou com a<br />

alegre proclamação ao entrar pelas portas de Jerusalém; mas as crianças, nos pátios do<br />

templo, entoavam em seguida o estribilho e, agitando ramos de palmeira, clamavam:<br />

“Hosana ao Filho de Davi!” M<strong>ate</strong>us 21:8-16. Quando os fariseus, profundamente<br />

descontentes, Lhe disseram: “Ouves o que estes dizem?” -Jesus respondeu: “Sim; nunca<br />

lestes: pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?” Assim<br />

como Deus agiu por meio das crianças no tempo do primeiro advento de Cristo, também<br />

o fez ao dar a mensagem de Seu segundo advento. A Palavra de Deus deve cumprir-se<br />

para que a proclamação da vinda do Salvador seja feita a todos os povos, línguas e<br />

nações.<br />

A Guilherme Miller e seus cooperadores coube a pregação desta advertência na<br />

América do Norte. Este país se tornou o centro da grande obra do advento. Foi aqui que a<br />

profecia da mensagem do primeiro anjo teve o cumprimento mais direto. Os escritos de<br />

Miller e seus companheiros foram levados a países distantes. Em todo o mundo, onde<br />

quer que houvessem penetrado missionários, para ali se enviaram as alegres novas da<br />

breve volta de Cristo. Por toda parte se propagou a mensagem do evangelho eterno:<br />

“Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo.”<br />

O testemunho das profecias que pareciam indicar a vinda de Cristo na primavera de<br />

1844, apoderou-se profundamente do espírito do povo. Ao ir a mensagem de um Estado<br />

para outro, despertouse por toda parte grande interesse. Muitos estavam convictos de que<br />

os argumentos tirados dos períodos proféticos eram corretos e, sacrificando o orgulho de<br />

suas opiniões, recebiam alegremente a verdade. Alguns pastores puseram de lado suas<br />

idéias e sentimentos sectaristas e, renunciando a seus salários e suas igrejas, uniram-se na<br />

proclamação da vinda de Jesus. Houve, entretanto, relativamente poucos pastores que

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