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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

subitamente, porém, o cais afundou com todo o povo sobre ele, e nenhum dos cadáveres<br />

jamais flutuou na superfície.” -Lyell.<br />

“O choque” do terremoto “foi instantaneamente seguido da queda de todas as igrejas e<br />

conventos, de quase todos os grandes edifícios públicos, e de mais da quarta parte das<br />

casas. Duas horas depois, aproximadamente, irromperam incêndios em diferentes<br />

quarteirões, e com tal violência se alastraram pelo espaço de quase três dias, que a cidade<br />

ficou completamente desolada. O terremoto ocorreu num dia santo, em que as igrejas e<br />

conventos estavam repletos de gente, muito pouca da qual escapou.” -Enciclopédia<br />

Americana, art. Lisboa. “O terror do povo foi indescritível. Ninguém chorava; estava<br />

além das lágrimas. Corriam para aqui e para acolá, em delírio, com horror e espanto,<br />

b<strong>ate</strong>ndo no rosto e no peito, exclamando: ‘Misericórdia! é o fim do mundo!’ Mães<br />

esqueciam-se de seus filhos e corriam para qualquer parte, carregando crucifixos.<br />

Infelizmente, muitos corriam para as igrejas em busca de proteção; mas em vão foi<br />

exposto o sacramento; em vão as pobres criaturas abraçaram os altares; imagens, padres e<br />

povo foram sepultados na ruína comum.” Calculou-se que noventa mil pessoas perderam<br />

a vida naquele dia fatal.<br />

Vinte e cinco anos mais tarde apareceu o sinal seguinte mencionado na profecia -o<br />

escurecimento do Sol e da Lua. O que tornou isto mais surpreendente foi o fato de que o<br />

tempo de seu cumprimento fora definidamente indicado. Na palestra do Salvador com<br />

Seus discípulos, no Monte das Oliveiras, depois de descrever o longo período de<br />

provação da igreja -os 1.260 anos da perseguição papal, relativamente aos quais<br />

prometera Ele ser abreviada a tribulação -mencionou Jesus certos acontecimentos que<br />

precederiam Sua vinda, e fixou o tempo em que o primeiro destes deveria ser<br />

testemunhado: “Naqueles dias, depois daquela aflição, o Sol se escurecerá, e a Lua não<br />

dará a sua luz.” Marcos 13:24. Os 1.260 dias, ou anos, terminaram em 1798. Um quarto<br />

de século antes, a perseguição tinha cessado quase inteiramente. Em seguida a esta<br />

perseguição, segundo as palavras de Cristo, o Sol deveria escurecer-se. A 19 de maio de<br />

1780 cumpriu-se esta profecia.<br />

“Único ou quase único em sua espécie pelo misterioso e até agora inexplicado<br />

fenômeno que nele se verificou ... foi o dia escuro de 19 de maio de 1780 -de inexplicável<br />

escuridão que cobriu todo o céu e atmosfera visíveis em Nova Ingl<strong>ate</strong>rra.” -Nosso<br />

Primeiro Século, R. M. Devens. Uma testemunha ocular que vivia em Massachusetts,<br />

nestes termos descreve o acontecimento: “Pela manhã surgiu claro o Sol, mas logo se<br />

ocultou. As nuvens se tornaram sombrias e delas, negras e ameaçadoras como logo se<br />

mostraram, chamejavam relâmpagos; ribombavam trovões, caindo leve aguaceiro. Por<br />

volta das nove horas, as nuvens se tornaram mais finas, tomando uma aparência<br />

bronzeada ou acobreada, e a terra, pedras, árvores, edifícios, água e as pessoas tinham<br />

aspecto diferente por causa dessa estranha luz sobrenatural. Alguns minutos mais tarde,

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