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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

mensagem. Com intenso desejo haviam eles orado: “Vem, Senhor Jesus, e vem presto.”<br />

Mas Ele não viera. E, agora, assumir de novo o fardo pesado dos cuidados e<br />

perplexidades da vida, suportar as acusações e zombarias de um mundo escarnecedor, era<br />

uma terrível prova de fé e paciência.<br />

Todavia, este desapontamento não foi tão grande como o que experimentaram os<br />

discípulos por ocasião do primeiro advento de Cristo. Quando Jesus cavalgou<br />

triunfantemente para Jerusalém, Seus seguidores acreditavam estar Ele prestes a ascender<br />

ao trono de Davi e libertar Israel dos opressores. Cheios de esperança e gozo antecipado,<br />

competiam uns com os outros em prestar honras a seu Rei. Muitos Lhe estendiam no<br />

caminho seus próprios mantos, à guisa de tapete, ou, à Sua passagem, cobriam o solo<br />

com viçosos ramos de palmeira. Uniam-se, com entusiástica alegria, na aclamação<br />

festiva: “Hosana ao Filho de Davi!” Quando os fariseus, perturbados e enraivecidos por<br />

esta manifestação de júbilo, quiseram que Jesus repreendesse os discípulos, Ele replicou:<br />

“Se estes se calarem, as próprias pedras clamarão.” Lucas 19:40. A profecia devia ser<br />

cumprida. Os discípulos estavam executando o propósito de Deus; entretanto, amargo<br />

desapontamento os aguardava. Apenas decorridos alguns dias tiveram de testemunhar a<br />

morte atroz do Salvador, e conduzi-Lo à sepultura. As expectativas que nutriam não se<br />

haviam realizado em um único particular, e suas esperanças morreram com Jesus. Não<br />

puderam, antes de o Senhor triunfar do túmulo, perceber que tudo havia sido predito na<br />

profecia, e “que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos.” Atos 17:3.<br />

Quinhentos anos antes, o Senhor declarara pelo profeta Zacarias: “Alegra-te muito, ó<br />

filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu Rei virá a ti, justo e Salvador,<br />

pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.” Zacarias 9:9.<br />

Não teriam os discípulos cumprido esta profecia, se compreendessem que Cristo Se<br />

encaminhava para o julgamento e a morte. De igual maneira, Miller e seus companheiros<br />

cumpriram a profecia e proclamaram a mensagem que a Inspiração predissera, mas não o<br />

teriam feito se tivessem compreendido completamente as profecias que indicavam o seu<br />

desapontamento e outra mensagem a ser pregada a todas as nações antes que o Senhor<br />

viesse. As mensagens do primeiro e segundo anjos foram dadas no tempo devido e<br />

cumpriram a obra a que foram por Deus designadas.<br />

O mundo estivera a olhar, na expectativa de que, se o tempo passasse e Cristo não<br />

aparecesse, todo o sistema do adventismo seria abandonado. Mas, enquanto muitos, sob<br />

forte tentação, deixaram a fé, alguns houve que permaneceram firmes. Os frutos do<br />

movimento adventista: o espírito de humildade e exame de coração, de renúncia ao<br />

mundo e reforma da vida, acompanharam a obra, testificando que esta era de Deus. Não<br />

ousavam os fiéis negar que o poder do Espírito Santo acompanhara a pregação do<br />

segundo advento, e não podiam descobrir erro algum na contagem dos períodos<br />

proféticos. Os mais hábeis de seus oponentes não conseguiram subverter-lhes o sistema

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