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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

baseava aquela mensagem, localizando o final dos 2.300 dias no outono de 1844, paira<br />

acima de qualquer contestação. Os repetidos esforços por encontrar novas datas para o<br />

começo e fim dos períodos proféticos, e o raciocínio falaz necessário para apoiar este<br />

modo de ver, não somente transviam da verdade presente os espíritos, mas lançam o<br />

opróbrio sobre todos os esforços para se explicarem as profecias. Quanto mais<br />

freqüentemente se marcar um tempo definido para o segundo advento, e mais<br />

amplamente for ele ensinado, tanto mais se satisfazem os propósitos de Satanás. Depois<br />

que se passa o tempo, ele provoca o ridículo e o desdém aos seus defensores, lançando<br />

assim o opróbrio sobre o grande movimento adventista de 1843 e 1844. Os que persistem<br />

neste erro, fixarão finalmente uma data para a vinda de Cristo num futuro demasiado<br />

longínquo. Serão levados, assim, a descansar em falsa segurança, e muitos se<br />

desenganarão tarde demais.<br />

A história do antigo Israel é um exemplo frisante da passada experiência dos<br />

adventistas. Deus guiou Seu povo no movimento adventista, assim como guiara os filhos<br />

de Israel ao saírem do Egito. No grande desapontamento fora provada a sua fé, como o<br />

foi a dos hebreus no Mar Vermelho. Houvessem ainda confiado na mão guiadora que<br />

com eles estivera em sua experiência anterior, e teriam visto a salvação de Deus. Se todos<br />

os que trabalharam unidos na obra em 1844 tivessem recebido a mensagem do terceiro<br />

anjo, proclamando-a no poder do Espírito Santo, o Senhor teria poderosamente operado<br />

por seus esforços. Caudais de luz ter-se-iam derramado sobre o mundo. Haveria anos que<br />

os habitantes da Terra teriam sido avisados, a obra final estaria consumada, e Cristo teria<br />

vindo para a redenção de Seu povo.<br />

Não foi a vontade de Deus que os filhos de Israel vagueassem durante quarenta anos<br />

no deserto: desejava Ele levá-los diretamente à terra de Canaã e ali os estabelecer como<br />

um povo santo, feliz. Mas “não puderam entrar por causa da sua incredulidade.” Hebreus<br />

3:19. Por sua reincidência e apostasia, pereceram os impenitentes no deserto, e<br />

levantaram-se outros para entrarem na Terra Prometida. Semelhantemente, não era a<br />

vontade de Deus que a vinda de Cristo fosse tão demorada, e que Seu povo permanecesse<br />

tantos anos neste mundo de pecado e tristeza. A incredulidade, porém, os separou de<br />

Deus. Como se recusassem a fazer a obra que lhes havia designado, outros se levantaram<br />

para proclamar a mensagem. Usando de misericórdia para com o mundo, Jesus retarda a<br />

Sua vinda, para que pecadores possam ter oportunidade de ouvir a advertência, e<br />

encontrar nEle refúgio antes que a ira de Deus seja derramada.<br />

Hoje, como nos séculos anteriores, a apresentação de qualquer verdade que reprove os<br />

pecados e erros dos tempos, suscitará oposição. “Todo aquele que faz o mal aborrece a<br />

luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” João 3:20. Ao<br />

verem os homens que não podem sustentar sua atitude pelas Escrituras, decidir-se-ão<br />

muitos a mantê-la a todo transe, e, com espírito mau, atacam o caráter e intuitos dos que

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