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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

tivermos qualquer consciência do bem e do mal. Todos os requisitos desta lei devem<br />

continuar vigorando para toda a humanidade, e em todos os tempos, não dependendo isto<br />

do tempo ou do lugar, nem de qualquer outra circunstância sujeita a mudança, mas da<br />

natureza de Deus e da natureza do homem, e da imutável relação existente entre um e<br />

outro.<br />

“‘Não vim para destruir, mas cumprir.’ ... Inquestionavelmente, o que Ele quer dizer<br />

neste passo, em conformidade com tudo que precede e segue, é: Vim para estabelecê-la<br />

em sua plenitude, a despeito de todas as interpretações dos homens; vim para colocar em<br />

uma perspectiva ampla e clara o que quer que nela fosse obscuro; vim para declarar a<br />

significação verdadeira e completa de cada parte da lei; para mostrar o comprimento e<br />

largura, a extensão total, de cada mandamento nela contido, e a altura e profundidade, a<br />

inconcebível pureza e espiritualidade dela, em todas as suas partes.” -Obras de Wesley.<br />

Wesley advogou a harmonia perfeita da lei e do evangelho. “Há, portanto, a mais<br />

íntima ligação que se pode conceber, entre a lei e o evangelho. Por um lado a lei<br />

continuamente nos abre o caminho para o evangelho, e no-lo aponta; por outro, o<br />

evangelho nos conduz ao cumprimento mais exato da lei. A lei, por exemplo, exige de<br />

nós amar a Deus e ao próximo, sermos mansos, humildes e santos. Sentimos não ser<br />

capazes destas coisas; sim, ‘isto para o homem é impossível’; mas vemos uma promessa<br />

de que Deus nos concederá esse amor, e nos fará humildes, mansos e santos; lançamos<br />

mão deste evangelho, destas alegres novas; é-nos feito segundo a nossa fé; e ‘a justiça da<br />

lei se cumpre em nós’, pela fé em Cristo Jesus. ...<br />

“Entre os mais acérrimos inimigos do evangelho de Cristo”, disse Wesley, “estão os<br />

que aberta e explicitamente ‘julgam a lei’, ‘falam mal da lei’; ensinam os homens a<br />

destruir (anular, afrouxar, desfazer a obrigação de observância), não apenas um dos<br />

menores ou dos maiores mandamentos, mas todos eles, de uma vez. ... A mais<br />

surpreendente de todas as circunstâncias que acompanham este grande engano, é que os<br />

que a ele se entregam crêem que realmente honram a Cristo subvertendo Sua lei, e que<br />

estão a engrandecer-Lhe o caráter quando se encontram a destruir Sua doutrina! Sim,<br />

honramnO, exatamente como fez Judas, quando disse: ‘Eu Te saúdo, Mestre, e O beijou.’<br />

E Ele pode de maneira igualmente justa dizer a cada um deles: ‘Trais o Filho do homem<br />

com um beijo?’ Não é outra coisa senão traí-Lo com um beijo, falar de Seu sangue e<br />

arrancar-Lhe a coroa, considerando levianamente qualquer parte de Sua lei, sob o<br />

pretexto de fazer avançar Seu evangelho. Nem em verdade poderá escapar desta acusação<br />

alguém que pregue a fé de qualquer maneira que, direta ou indiretamente, tenda a pôr de<br />

parte qualquer ponto de obediência; que pregue a Cristo de modo a, de qualquer forma,<br />

anular ou enfraquecer o menor dos mandamentos de Deus.” -Obras de Wesley.

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