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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Capitulo 2 - Fogos da Perseguição<br />

Quando Jesus revelou a Seus discípulos a sorte de Jerusalém e as cenas do segundo<br />

advento, predisse também a experiência de Seu povo desde o tempo em que deveria ser<br />

tirado dentre eles até a Sua volta em poder e glória para o seu libertamento. Do Monte<br />

das Oliveiras o Salvador contemplou as tempestades prestes a desabar sobre a igreja<br />

apostólica; e penetrando mais profundamente no futuro, Seus olhos divisaram os terríveis<br />

e devastadores vendavais que deveriam açoitar Seus seguidores nos vindouros séculos de<br />

trevas e perseguição. Em poucas e breves declarações de tremendo significado, predisse o<br />

que os governadores deste mundo haveriam de impor à igreja de Deus. M<strong>ate</strong>us 24:9, 21,<br />

22. Os seguidores de Cristo deveriam trilhar a mesma senda de humilhação, ignomínia e<br />

sofrimento que seu Mestre palmilhara. A inimizade que irrompera contra o Redentor do<br />

mundo, manifestar-se-ia contra todos os que cressem em Seu nome.<br />

A história da igreja primitiva testificou do cumprimento das palavras do Salvador. Os<br />

poderes da Terra e do inferno arregimentaramse contra Cristo na pessoa de Seus<br />

seguidores. O paganismo previa que se o evangelho triunfasse, seus templos e altares<br />

desapareciam; portanto convocou suas forças para destruir o cristianismo. Acenderam-se<br />

as fogueiras da perseguição. Os cristãos eram despojados de suas posses e expulsos de<br />

suas casas. Suportaram “grande comb<strong>ate</strong> de aflições.” Hebreus 10:32. “Experimentaram<br />

escárnios e açoites, e até cadeias e prisões.” Hebreus 11:36. Grande número deles selaram<br />

seu testemunho com o próprio sangue. Nobres e escravos, ricos e pobres, doutos e<br />

ignorantes, foram de igual modo mortos sem misericórdia.<br />

Estas perseguições, iniciadas sob o governo de Nero, aproximadamente ao tempo do<br />

martírio de Paulo, continuaram com maior ou menor fúria durante séculos. Os cristãos<br />

eram falsamente acusados dos mais hediondos crimes e tidos como a causa das grandes<br />

calamidades -fomes, pestes e terremotos. Tornando-se eles objetodo ódio e suspeita<br />

popular, prontificaram-se denunciantes, por amor ao ganho, a trair os inocentes. Eram<br />

condenados como rebeldes ao império, como inimigos da religião e peste da sociedade.<br />

Grande número deles eram lançados às feras ou queimados vivos nos anfiteatros. Alguns<br />

eram crucificados, outros cobertos com peles de animais bravios e lançados à arena para<br />

serem despedaçados pelos cães. De seu sofrimento muitas vezes se fazia a principal<br />

diversão nas festas públicas. Vastas multidões reuniam-se para gozar do espetáculo e<br />

saudavam os transes de sua agonia com riso e aplauso.<br />

Onde quer que procurassem refúgio, os seguidores de Cristo eram caçados como<br />

animais. Eram forçados a procurar esconderijo nos lugares desolados e solitários.<br />

“Desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes, pelos<br />

desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.” Hebreus 11:37, 38. As catacumbas<br />

proporcionavam abrigo a milhares. Por sob as colinas, fora da cidade de Roma, longas

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