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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

outras. Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde<br />

vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: “Está feito.” Apocalipse<br />

16:17. Essa voz abala os céus e a Terra. Há um grande terremoto “como nunca tinha<br />

havido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande terremoto.” Apocalipse<br />

16:18. O firmamento parece abrir-se e fechar-se. A glória do trono de Deus dir-se-ia<br />

atravessar a atmosfera. As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e anfractuosas<br />

rochas são espalhadas por todos os lados. Há um estrondo como de uma tempestade a<br />

sobrevir.<br />

O mar é açoitado com fúria. Ouvese o sibilar do furacão, semelhante à voz de<br />

demônios na missão de destruir. A Terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas<br />

do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias<br />

de montanhas estão a revolver-se. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que,<br />

pela iniqüidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. A<br />

grande Babilônia veio em lembrança perante Deus, “para lhe dar o cálice do vinho da<br />

indignação da Sua ira.” Apocalipse 16:19, 21. Grandes pedras de saraiva, cada uma “do<br />

peso de um talento”, estão a fazer sua obra de destruição. As mais orgulhosas cidades da<br />

Terra são derribadas. Os suntuosos palácios em que os grandes homens do mundo<br />

dissiparam suas riquezas com a glorificação própria, desmoronam-se diante de seus<br />

olhos. As paredes das prisões fendem-se, e o povo de Deus, que estivera retido em<br />

cativeiro por causa de sua fé, é libertado.<br />

Abrem-se sepulturas, e “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para<br />

a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.” Daniel 12:2. Todos os que<br />

morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados para ouvirem<br />

o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. “Os mesmos<br />

que O traspassaram” (Apocalipse 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de<br />

Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-<br />

Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes.<br />

Densas nuvens ainda cobrem o céu; contudo o Sol de quando em quando irrompe,<br />

aparecendo como o olhar vingador de Jeová. Relâmpagos terríveis estalam dos céus,<br />

envolvendo a Terra num lençol de chamas. Por sobre o estrondo medonho do trovão,<br />

vozes misteriosas e terríveis declaram a sorte dos ímpios. As palavras proferidas não são<br />

compreendidas por todos; entendem-nas, porém, distintamente os falsos ensinadores. Os<br />

que pouco antes eram tão descuidados, tão jactanciosos e desafiadores, tão exultantes em<br />

sua crueldade para com o povo de Deus, observador dos mandamentos, acham-se agora<br />

vencidos pela consternação, e a estremecer de medo. Ouve-se o seu pranto acima do som<br />

dos elementos. Demônios reconhecem a divindade de Cristo, e tremem diante de Seu<br />

poder, enquanto homens estão suplicando misericórdia e rastejando em abjeto terror.

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