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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

virtude”, ao passo que os que estavam destinados à condenação eterna “não tinham força<br />

para obedecer à lei divina”.<br />

Outros, sustentando também que “os eleitos não podem cair da graça, nem privar-se<br />

do favor divino”, chegavam à conclusão ainda mais horrível de que “as ações ímpias que<br />

cometem não são realmente pecaminosas, nem devem considerar-se como violação da lei<br />

divina por parte deles, e que em conseqüência não têm motivo quer para confessar os<br />

pecados, quer para com os mesmos romper pelo arrependimento.” -Enciclopédia de<br />

McClintok e Strong, artigo “Antinomias.” Declaravam, portanto, que mesmo um dos<br />

mais vis pecados, “universalmente considerado como enorme violação da lei divina, não<br />

é pecado à vista de Deus”, cometido por um dos eleitos, “porque é um dos característicos<br />

essenciais e distintivos dos eleitos o não poderem fazer coisa alguma que seja<br />

desagradável a Deus ou proibida pela lei”.<br />

Estas monstruosas doutrinas são essencialmente as mesmas que o ensino posterior dos<br />

educadores e teólogos populares, de que não há lei divina imutável como norma do que é<br />

reto, mas que o padrão da moralidade é indicado pela própria sociedade,e tem estado<br />

constantemente sujeito a mudança. Todas estas idéias são inspiradas pelo mesmo espírito<br />

superior, sim, por aquele que mesmo entre os habitantes celestiais, sem pecado, iniciou<br />

sua obra de procurar derruir as justas restrições da lei de Deus. A doutrina dos decretos<br />

divinos, que inalteravelmente fixam o caráter dos homens, havia conduzido muitos à<br />

rejeição virtual da lei de Deus. Wesley perseverantemente se opôs aos erros dos<br />

ensinadores antinomistas, demonstrando que esta doutrina que levava ao antinomismo é<br />

contrária às Escrituras. “A graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os<br />

homens.” “Isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os<br />

homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um<br />

só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, o qual Se deu a Si mesmo em<br />

preço de redenção por todos.” Tito 2:11; 1 Timóteo 2:3-6.<br />

O Espírito de Deus é concedido livremente, para habilitar todos os homens a<br />

apoderar-se dos meios de salvação. Assim Cristo, “a verdadeira Luz”, “ilumina a todo o<br />

homem que vem ao mundo.” João 1:9. Os homens não conseguem a salvação, pela recusa<br />

voluntária da luz da vida. Em resposta à alegação de que pela morte de Cristo foram<br />

abolidos os preceitos do decálogo, juntamente com a lei cerimonial, disse Wesley: “A lei<br />

moral, contida nos Dez Mandamentos e encarecida pelos profetas, Cristo não a anulou.<br />

Não era desígnio de Sua vinda revogar qualquer parte da mesma. Ela é uma lei que<br />

jamais poderá ser destruída, que ‘permanece firme como a fiel testemunha no Céu’. ...<br />

Existiu desde o princípio do mundo, sendo ‘escrita não em tábuas de pedra mas no<br />

coração de todos os filhos dos homens, quando saíram das mãos do Criador. E conquanto<br />

as letras que uma vez foram escritas pelo dedo de Deus ora estejam em grande parte<br />

apagadas pelo pecado, não podem elas contudo ser totalmente obliteradas, enquanto

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