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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

pretensões de Satanás. Pelos tribunais humanos foram julgados como os mais vis dos<br />

criminosos. Mas agora “Deus mesmo é o Juiz.” Salmos 50:6. Revogam-se agora as<br />

decisões da Terra. “Tirará o opróbrio do Seu povo.” Isaías 25:8. “Chamar-lhes-ão: Povo<br />

santo, remidos do Senhor.” Ele determinou “que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de<br />

gozo por tristeza, vestido de louvor por espírito angustiado.” Isaías 62:12; 61:3. Não mais<br />

são fracos, aflitos, dispersos e opressos.<br />

Doravante devem estar sempre com o Senhor. Acham-se diante do trono com vestes<br />

mais ricas do que já usaram os mais honrados da Terra. Estão coroados com diademas<br />

mais gloriosos do que os que já foram colocados na fronte dos monarcas terrestres. Os<br />

dias de dores e prantos acabaram-se para sempre. O Rei da glória enxugou as lágrimas de<br />

todos os rostos; removeu-se toda a causa de pesar. Por entre o agitar dos ramos de<br />

palmeiras, derramam um cântico de louvor, claro, suave e melodioso; todas as vozes<br />

apreendem a harmonia até que reboa pelas abóbadas do céu a antífona: “Salvação ao<br />

nosso Deus que está assentado no trono, e ao Cordeiro.” E todos os habitantes do Céu<br />

assim respondem: “Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e<br />

poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre.” Apocalipse 7:10, 12.<br />

Nesta vida podemos apenas começar a compreender o maravilhoso tema da redenção.<br />

Com nossa compreensão finita podemos considerar muito encarecidamente a ignomínia e<br />

a glória, a vida e a morte, a justiça e a misericórdia, que se encontraram na cruz; todavia,<br />

com o máximo esforço de nossa faculdade mental, deixamos de apreender seu completo<br />

significado. O comprimento e a largura, a profundidade e a altura do amor que redime<br />

não são senão palidamente compreendidos. O plano da redenção não será amplamente<br />

penetrado, mesmo quando os resgatados virem assim como eles são vistos, e conhecerem<br />

como são conhecidos; antes, através das eras eternas, novas verdades desdobrar-se-ão de<br />

contínuo à mente cheia de admiração e deleite. Posto que os pesares, dores e tentações da<br />

Terra estejam terminados, e removidas suas causas, sempre terá o povo de Deus um<br />

conhecimento distinto, inteligente, do que custou a sua salvação.<br />

A cruz de Cristo será a ciência e cântico dos remidos por toda a eternidade. No Cristo<br />

glorificado eles contemplarão o Cristo crucificado. Jamais se olvidará que Aquele cujo<br />

poder criou e manteve os inumeráveis mundos através dos vastos domínios do espaço, o<br />

Amado de Deus, a Majestade do Céu, Aquele a quem querubins e resplendentes serafins<br />

se deleitavam em adorar -humilhou-Se para levantar o homem decaído; que Ele arrostou<br />

a culpa e a ignomínia do pecado e a ocultação da face de Seu Pai, até que as misérias de<br />

um mundo perdido Lhe quebrantaram o coração e aniquilaram a vida na cruz do<br />

Calvário. O fato de o Criador de todos os mundos, o Árbitro de todos os destinos, deixar<br />

Sua glória e humilhar-Se por amor do homem, despertará eternamente a admiração e a<br />

adoração do Universo. Ao olharem as nações dos salvos para o seu Redentor e<br />

contemplarem a glória eterna do Pai resplandecendo em Seu semblante; ao verem o Seu

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