21.04.2023 Views

Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

O grande pecado imputado a Babilônia é que “a todas as nações deu a beber do vinho<br />

da ira da sua prostituição.” Esta taça de veneno que ela oferece ao mundo representa as<br />

falsas doutrinas que aceitou, resultantes da união ilícita com os poderosos da Terra. A<br />

amizade mundana corrompe-lhe a fé, e por seu turno a igreja exerce uma influência<br />

corruptora sobre o mundo, ensinando doutrinas que se opõem às mais claras instruções<br />

das Sagradas Escrituras. Roma privou o povo da Escritura Sagrada e exigiu que todos os<br />

homens aceitassem seus ensinos em lugar da própria Bíblia. Foi obra da Reforma restituir<br />

a Palavra de Deus aos homens; não é, porém, sobejamente verdade que nas igrejas<br />

modernas os homens são ensinados a depositar fé no credo e dogmas de sua igreja em vez<br />

de nas Escrituras? Falando das igrejas protestantes, disse Carlos Beecher: “Horrorizam-se<br />

com qualquer palavra rude contra os credos, com a mesma sensibilidade com que os<br />

santos padres se teriam horrorizado com uma rude palavra contra a incipiente veneração<br />

dos santos e mártires, por eles fomentada. ... As denominações evangélicas protestantes<br />

por tal forma ataram as mãos umas às outras, bem como suas próprias, que, em qualquer<br />

dessas denominações, um homem não pode absolutamente se tornar pregador, sem, de<br />

alguma maneira, aceitar outro livro além da Escritura Sagrada. ... Nada há de imaginário<br />

na declaração de que o poderio do credo está começando hoje a proibir a Bíblia tão<br />

realmente como o fez Roma, se bem que de maneira mais sutil.” -Sermão sobre A Bíblia<br />

Como um Credo Suficiente, pronunciado em Fort Wayne, Indiana, a 2 de fevereiro de<br />

1846.<br />

Quando ensinadores fiéis expõem a Palavra de Deus, levantam-se homens de saber,<br />

pastores que professam compreender as Escrituras, e denunciam a doutrina sã como<br />

heresia, desviando assim os inquiridores da verdade. Não fosse o caso de se achar o<br />

mundo fatalmente embriagado com o vinho de Babilônia, e multidões seriam<br />

convencidas e convertidas pelas verdades claras e penetrantes da Palavra de Deus. Mas, a<br />

fé religiosa parece tão confusa e discordante que o povo não sabe o que crer como<br />

verdade. O pecado da impenitência do mundo jaz à porta da igreja. A mensagem do<br />

segundo anjo de Apocalipse, Capítulo 14, foi primeiramente pregada no verão de 1844, e<br />

teve naquele tempo uma aplicação mais direta às igrejas dos Estados Unidos, onde a<br />

advertência do juízo tinha sido mais amplamente proclamada e em geral rejeitada, e onde<br />

a decadência das igrejas mais rápida havia sido.<br />

A mensagem do segundo anjo, porém, não alcançou o completo cumprimento em<br />

1844. As igrejas experimentaram então uma queda moral, em conseqüência de recusarem<br />

a luz da mensagem do advento; mas essa queda não foi completa. Continuando a rejeitar<br />

as verdades especiais para este tempo, têm elas caído mais e mais. Contudo, não se pode<br />

ainda dizer que “caiu Babilônia, ... que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da<br />

sua prostituição.” Ainda não deu de beber a todas as nações. O espírito de conformação<br />

com o mundo e de indiferença às probantes verdades para nosso tempo existe e está a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!