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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Deacozes subisse ao trono com permissão dos turcos, e que os 391 anos, quinze dias,<br />

começaram no final do primeiro período, terminará no dia 11 de agosto de 1840, quando<br />

se pode esperar seja abatido o poderio otomano em Constantinopla. E isto, creio eu,<br />

verificar-se-á ser o caso.” -Josias Litch, artigo no Signs of the Times, and Expositor of<br />

Prophecy, de 1º de agosto de 1840.<br />

No mesmo tempo especificado, a Turquia, por intermédio de seus embaixadores,<br />

aceitou a proteção das potências aliadas da Europa, e assim se pôs sob a direção de<br />

nações cristãs. O acontecimento cumpriu exatamente a predição. Quando isto se tornou<br />

conhecido, multidões se convenceram da exatidão dos princípios de interpretação<br />

profética adotados por Miller e seus companheiros, e maravilhoso impulso foi dado ao<br />

movimento do advento. Homens de saber e posição uniram-se a Miller, tanto para pregar<br />

como para publicar suas opiniões, e de 1840 a 1844 a obra estendeu-se rapidamente.<br />

Guilherme Miller possuía grandes dotes intelectuais, disciplinados pela meditação e<br />

estudo; e a estes acrescentava a sabedoria do Céu, pondo-se em ligação com a Fonte da<br />

sabedoria. Era um homem de verdadeiro valor, que inspirava respeito e estima onde quer<br />

que a integridade de caráter e a excelência moral fossem apreciadas. Unindo a verdadeira<br />

bondade de coração à humildade cristã e ao poder do domínio próprio, era <strong>ate</strong>nto e afável<br />

para com todos, pronto para ouvir as opiniões de outrem e pesar seus argumentos. Sem<br />

paixão ou excitação, aferia todas as teorias e doutrinas pela Palavra de Deus; e seu<br />

raciocínio sadio e o profundo conhecimento das Escrituras habilitavam-no a refutar o erro<br />

e desmascarar a falsidade. Todavia, não prosseguiu ele o seu trabalho sem tenaz<br />

oposição. Como acontecera com os primeiros reformadores, as verdades que apresentava<br />

não eram recebidas favoravelmente pelos ensinadores populares da religião. Não<br />

podendo manter sua atitude pelas Escrituras, viam-se obrigados a recorrer aos ditos e<br />

doutrinas de homens, às tradições dos pais da igreja. A Palavra de Deus, porém, era o<br />

único testemunho aceito pelos pregadores da verdade do advento. “A Bíblia, e a Bíblia<br />

só”, era a sua senha. A falta de argumentos das Santas Escrituras, por parte dos<br />

oponentes, supriam-na eles pelo ridículo e o escárnio. Empregavam tempo, meios e<br />

talentos para difamar aqueles cuja única falta era esperar com alegria a volta de seu<br />

Senhor, e esforçar-se por viver vida santa e exortar aos demais a prepararem-se para o<br />

Seu aparecimento.<br />

Diligentes esforços se faziam para que o espírito do povo fosse desviado do assunto<br />

referente ao segundo advento. Procurava-se dar a impressão de que estudar as profecias<br />

que se referem à vinda de Cristo e ao fim do mundo, fosse pecado, algo de que os homens<br />

deveriam envergonhar-se. Assim, o ministério popular minava a fé na Palavra de Deus.<br />

Seu ensino tornava os homens incrédulos, e muitos tomaram a liberdade de andar<br />

conforme seus próprios desejos ímpios. Então os autores desse mal atribuíram-no todo<br />

aos adventistas. Se bem que Miller conseguisse ter casas repletas de ouvintes inteligentes

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