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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Cristo” foi a “bem-aventurada esperança.” Quando os cristãos tessalonicenses estavam<br />

cheios de pesar ao sepultarem os seus queridos, que haviam esperado viver para<br />

testemunharem a vinda de Jesus, Paulo, seu instrutor, apontou-lhes a ressurreição a<br />

ocorrer por ocasião do advento do Salvador. Então os mortos em Cristo ressurgiriam, e<br />

juntamente com os vivos seriam arrebatados para encontrar o Senhor nos ares. “E assim”,<br />

disse ele, “estaremos sempre com o Senhor. Portanto consolai-vos uns aos outros com<br />

estas palavras.” 1 Tessalonicenses 4:16-18.<br />

Na rochosa ilha de Patmos o discípulo amado ouve a promessa: “Certamente cedo<br />

venho”, e em sua anelante resposta sintetiza a prece da igreja em toda a sua peregrinação:<br />

“Amém. Ora vem, Senhor Jesus.” Apocalipse 22:20. Do calabouço, da tortura, da forca,<br />

onde santos e mártires testificaram da verdade, vem através dos séculos a voz de sua fé e<br />

esperança. Estando “certos da ressurreição pessoal de Cristo e, por conseguinte, de sua<br />

própria, por ocasião da vinda de Jesus”, diz um desses cristãos, “desprezavam a morte, e<br />

verificava-se estarem acima dela.” -O Reino de Cristo Sobre a Terra, ou A Voz da Igreja<br />

em Todos os Séculos, Daniel T. Taylor. Estavam dispostos a descer ao túmulo, para que<br />

pudessem “ressuscitar livres.” -A Voz da Igreja, Taylor. Esperavam pelo “Senhor a vir do<br />

Céu, nas nuvens, com a glória de Seu Pai”, “trazendo aos justos os tempos do reino.” Os<br />

valdenses acariciavam a mesma fé. -Taylor. Wycliffe aguardava o aparecimento do<br />

Redentor, como a esperança da igreja. -Ibidem.<br />

Lutero declarou: “Convenço-me, em verdade, de que o dia do juízo não está para além<br />

de trezentos anos. Deus não quer, não pode suportar por muito tempo mais este ímpio<br />

mundo.” “Aproxima-se o grande dia, em que se subverterá o rei da abominação.” -<br />

Ibidem. “Este velho mundo não está longe de seu fim”, disse Melâncton. Calvino manda<br />

aos cristãos “não hesitarem, desejando ardentemente o dia da vinda de Cristo como o<br />

mais auspicioso de todos os acontecimentos”; e declara que “a família inteira dos fiéis<br />

conservará em vista aquele dia.” “Devemos ter fome de Cristo, devemos buscá-Lo,<br />

contemplá-Lo”, diz ele “até à aurora daquele grande dia, em que o nosso Senhor<br />

amplamente manifestará a glória do Seu Reino.” -Ibidem.<br />

“Não levou nosso Senhor Jesus nossa carne para o Céu?” disse Knox, o reformador<br />

escocês, “e não voltará Ele? Sabemos que voltará, e isso dentro em breve.” Ridley e<br />

Latimer, que depuseram a vida pela verdade, esperaram pela fé a vinda do Senhor. Ridley<br />

escreveu: “O mundo, creio-o eu e portanto o digo, chegará sem dúvida ao fim. De<br />

coração clamemos com João, o servo de Deus, a Cristo nosso Salvador: Vem, Senhor<br />

Jesus, vem.” -Ibidem. “Os pensamentos que se relacionam com a vinda do Senhor”, disse<br />

Baxter, “são dulcíssimos e mui gozosos para mim.” -Obras, Richard Baxter. “É a obra da<br />

fé, e do caráter de Seus santos, amar Seu aparecimento e aguardar o cumprimento da<br />

bem-aventurada esperança.” “Se a morte é o último inimigo a ser destruído na<br />

ressurreição, podemos saber quão fervorosamente deveriam os crentes anelar a segunda

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