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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

aprovação dos orgulhosos, nem desfaleci quando o mundo se mostrava hostil. Não<br />

comprarei hoje o seu favor, tampouco irei além do dever, para não lhes despertar o ódio.<br />

Jamais lhes implorarei minha vida, tampouco vacilarei, espero, em perdê-la, se Deus em<br />

Sua bondosa providência assim o determina.” -Vida de Guilherme Miller, de J. White.<br />

Deus não abandonou Seu povo; Seu Espírito ainda permaneceu com os que não<br />

negaram temerariamente a luz que tinham recebido, nem acusaram o movimento<br />

adventista. Na epístola aos Hebreus existem palavras de animação e advertência para os<br />

provados e expectantes nesta crise: “Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem grande<br />

e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a<br />

vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um poucochinho de tempo, e<br />

O que há de vir virá, e não tardará. Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a Minha<br />

alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a<br />

perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma.” Hebreus 10:35-39.<br />

Que este aviso se dirige à igreja dos últimos dias, é evidente das palavras que apontam<br />

para a proximidade da vinda do Senhor: “Porque ainda um poucochinho de tempo, e O<br />

que há de vir virá, e não tardará.” E claramente se subentende que haveria uma aparente<br />

tardança, e que pareceria demorar-Se o Senhor. A instrução aqui proporcionada adapta-se<br />

especialmente à experiência dos adventistas naquele tempo. O povo, a que a passagem<br />

aqui se refere, estava em perigo de naufragar na fé. Tinham feito a vontade de Deus,<br />

seguindo a guia de Seu Espírito e Sua Palavra; não podiam, contudo, entender-Lhe o<br />

propósito na experiência passada, tampouco discernir o caminho diante deles; e eram<br />

tentados a duvidar de que Deus, em verdade, os estivesse a dirigir. A esse tempo se<br />

aplicavam as palavras: “Mas o justo viverá da fé.” Dado o fato de haver a brilhante luz do<br />

“clamor da meia-noite”<br />

lhes resplandecido no caminho e terem visto descerrarem-se as profecias, e em rápido<br />

cumprimento os sinais que declaravam estar próxima a vinda de Cristo, haviam<br />

caminhado, por assim dizer, pela vista. Agora, porém, abatidos por verem frustradas as<br />

esperanças, unicamente pela fé em Deus e em Sua Palavra poderiam permanecer em pé.<br />

O mundo escarnecedor dizia: “Fostes enganados. Abandonai vossa fé e dizei que o<br />

movimento do advento foi de Satanás.” Declarava, porém, a Palavra de Deus: “Se ele<br />

recuar, a Minha alma não tem prazer nele.” Renunciar então à fé e negar o poder do<br />

Espírito Santo, que acompanhara a mensagem, seria recuar para a perdição. Eram<br />

incentivados à firmeza pelas palavras de Paulo: “Não rejeiteis pois a vossa confiança”;<br />

“necessitais de paciência”, “porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir<br />

virá, e não tardará.” A única maneira segura de proceder era reter a luz que já haviam<br />

recebido de Deus, apegar-se firmemente às Suas promessas e continuar a examinar as<br />

Escrituras, esperando e vigiando pacientemente, a fim de receber mais luz.

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