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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Firmes no evangelho, os boêmios esperaram através da noite de sua perseguição,<br />

ainda volvendo os olhos para o horizonte, na hora mais tenebrosa, semelhantes aos<br />

homens que esperam a manhã. “Sua sorte fora lançada em dias maus mas... lembravamse<br />

das palavras primeiramente proferidas por Huss e repetidas por Jerônimo, de que um<br />

século deveria passar antes que raiasse o dia. Estas foram para os taboritas [hussitas] o<br />

que, para as tribos na casa da servidão, foram as palavras de José: ‘Eu morro; mas Deus<br />

certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra.’” -Wylie. “O período final do século<br />

XV testemunhou o aumento vagaroso mas certo das igrejas dos Irmãos. Se bem que<br />

longe de não serem incomodados, gozavam de relativo descanso. No princípio do século<br />

XVI, suas igrejas eram em número de duzentas na Boêmia e na Morávia.” -Vida e<br />

Tempos de João Huss, de Gillet. “Assim, numerosos foram os restantes que, escapando<br />

da fúria destruidora do fogo e da espada, tiveram o privilégio de ver o raiar daquele dia<br />

que Huss predissera.” -Wylie.

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