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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Satanás é o “acusador de nossos irmãos”, e é o seu espírito que inspira os homens a<br />

espreitar os erros e defeitos do povo do Senhor, conservando-o sob observação, enquanto<br />

deixa ignoradas suas boas ações. Ele está sempre em atividade quando Deus opera pela<br />

salvação das almas. Quando os filhos de Deus se apresentam perante o Senhor, Satanás<br />

vai também entre eles. Em todo avivamento está ele pronto para introduzir os de coração<br />

não santificado e desequilibrados de espírito. Quando estes aceitam alguns pontos da<br />

verdade e adquirem um lugar entre os crentes, opera por meio deles a fim de introduzir<br />

teorias que enganarão os incautos. Não se prova que qualquer homem seja cristão<br />

verdadeiro por encontrar-se em companhia dos filhos de Deus, mesmo na casa de culto, e<br />

à mesa do Senhor. Satanás freqüentemente ali se acha, nas ocasiões mais solenes, sob a<br />

forma daqueles que pode usar como agentes.<br />

O príncipe do mal disputa cada polegada de terreno em que o povo de Deus avança<br />

em sua jornada rumo à cidade celestial. Nenhuma reforma, em toda a história da igreja,<br />

foi levada avante sem encontrar sérios obstáculos. Assim foi no tempo de Paulo. Onde<br />

quer que o apóstolo fundasse uma igreja, alguns havia que professavam receber a fé, mas<br />

introduziam heresias que, uma vez aceitas, excluiriam finalmente o amor da verdade.<br />

Lutero também sofreu grande perplexidade e angústia pelo procedimento de pessoas<br />

fanáticas, que pretendiam haver Deus falado diretamente por meio delas, e que, portanto,<br />

colocavam as próprias idéias e opiniões acima do testemunho das Escrituras. Muitos a<br />

quem faltavam fé e experiência, mas que possuíam considerável presunção, gostando de<br />

ouvir ou de contar alguma coisa nova, eram seduzidos pelas pretensões dos novos<br />

ensinadores e uniam-se aos agentes de Satanás na obra de derruir o que Deus levara<br />

Lutero a edificar. E os Wesley, e outros que abençoaram o mundo pela sua influência e<br />

fé, encontraram a cada passo os ardis de Satanás, que consistiam em arrastar pessoas de<br />

zelo exagerado, desequilibradas e profanas, a excessos de fanatismo de toda sorte.<br />

Guilherme Miller não alimentava simpatias para com as influências que conduziam ao<br />

fanatismo. Declarou, como o fez Lutero, que todo espírito deveria ser provado pela<br />

Palavra de Deus. “O diabo”, disse Miller, “tem presentemente grande poder sobre o<br />

espírito de alguns. E como saberemos de que espécie de espírito são eles? A Bíblia<br />

responde: ‘Por seus frutos os conhecereis’. ... Muitos espíritos há no mundo; ordena-senos<br />

provar os espíritos. O espírito que não nos faz viver sóbria, reta e piamente, no<br />

mundo atual, não é o Espírito de Cristo. Estou cada vez mais convencido de que Satanás<br />

muito tem a fazer nestes movimentos desordenados. ... Entre nós, muitos que pretendem<br />

ser inteiramente santificados, seguem as tradições dos homens, e visivelmente se tornam<br />

tão ignorantes acerca da verdade como outros que não têm semelhantes pretensões.” -<br />

Bliss. “O espírito do erro nos afastará da verdade, e o Espírito de Deus para a verdade nos<br />

conduzirá. Mas, dizeis vós, um homem pode estar em erro e pensar que tem a verdade.<br />

Como será então? Respondemos: O Espírito e a Palavra concordam. Se um homem julga

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