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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

e mesmo sinceros; mas estão iludidos pelos sofismas de Satanás. Este os leva a<br />

interpretar mal terminantes expressões das Escrituras, dando à linguagem a coloração de<br />

amargura e malignidade que a ele pertence, mas não ao Criador. “Vivo Eu, diz o Senhor<br />

Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converterá do seu<br />

caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que<br />

razão morrereis?” Ezequiel 33:11.<br />

Que ganharia Deus se admitíssemos que Ele Se deleita em testemunhar incessantes<br />

torturas; que Se alegra com os gemidos, gritos e imprecações das sofredoras criaturas por<br />

Ele retidas nas chamas do inferno? Poderão esses terríveis sons ser música aos ouvidos<br />

do Amor infinito? Insiste-se em que a aplicação de intérmino sofrimento aos ímpios<br />

mostraria o ódio de Deus ao pecado, como a um mal ruinoso à paz e à ordem do<br />

Universo. Terrível blasfêmia! Como se o ódio de Deus ao pecado seja a razão por que<br />

este se perpetua. Pois, segundo os ensinos desses teólogos, a contínua tortura sem<br />

esperança de misericórdia enlouquece suas infelizes vítimas, e, ao derramarem elas sua<br />

cólera em maldições e blasfêmias, estão para sempre aumentando sua carga de crimes. A<br />

glória de Deus não é encarecida, perpetuando-se desta maneira o pecado, em constante<br />

aumento, através de eras sem fim.<br />

Está além do poder do espírito humano avaliar o mal que tem sido feito pela heresia<br />

do tormento eterno. A religião da Bíblia, repleta de amor e bondade, e abundante de<br />

misericórdia, é obscurecida pela superstição e revestida de terror. Ao considerarmos em<br />

que cores falsas Satanás esboçou o caráter de Deus, surpreender-nos-emos de que nosso<br />

misericordioso Criador seja receado, temido e mesmo odiado? As opiniões<br />

<strong>ate</strong>rrorizadoras acerca de Deus, que pelos ensinos do púlpito são espalhadas pelo mundo,<br />

têm feito milhares, e mesmo milhões de cépticos e incrédulos.<br />

A teoria do tormento eterno é uma das falsas doutrinas que constituem o vinho das<br />

abominações de Babilônia, do qual ela faz todas as nações beberem. Apocalipse 14:8;<br />

17:2. Que ministros de Cristo hajam aceito esta heresia e a tenham proclamado do púlpito<br />

sagrado, é na verdade um mistério. Eles a receberam de Roma, assim como receberam o<br />

falso sábado. É verdade que tem sido ensinada por homens eminentes e piedosos; mas a<br />

luz sobre tal assunto não lhes chegou como a nós. Eram responsáveis apenas pela luz que<br />

resplandecia em seu tempo; nós o somos pela que brilha em nossa época. Se nos<br />

desviamos do testemunho da Palavra de Deus, aceitando falsas doutrinas porque nossos<br />

pais as ensinaram, caímos sob a condenação pronunciada sobre Babilônia; estamos a<br />

beber do vinho de suas abominações.<br />

Numerosa classe, para a qual a doutrina do tormento eterno é revoltante, é levada ao<br />

erro oposto. Vêem que as Escrituras representam a Deus como um ser de amor e<br />

compaixão, e não podem crer que Ele destine Suas criaturas aos fogos de um inferno

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