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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Ai! até que ponto terrível a amizade do mundo, que é “inimizade contra Deus”, é hoje<br />

acalentada entre os professos seguidores de Cristo! Quão largamente se têm as igrejas<br />

populares de toda a cristandade afastado da norma bíblica da humildade, abnegação,<br />

simplicidade e piedade! Falando a respeito do uso correto do dinheiro, disse João Wesley:<br />

“Não dissipeis parte alguma de tão precioso talento, simplesmente em satisfazer o desejo<br />

dos olhos, com vestuário supérfluo ou dispendioso, ou com adornos desnecessários. Não<br />

gasteis parte dele em ornar extravagantemente vossas casas; em mobília desnecessária, ou<br />

dispendiosa; em quadros custosos, pinturas, douraduras. ... De nada disponhais para<br />

satisfazer o orgulho da vida, para obter a admiração ou louvor dos homens. ... ‘Tanto<br />

quanto fizeres bem a ti mesmo, falarão bem de ti os homens.’ Tanto quanto vos vistais<br />

‘de púrpura e de linho finíssimo’, e vivais ‘todos os dias regalada e esplendidamente’,<br />

não há dúvida de que muitos aplaudirão vossos gostos elegantes, vossa generosidade e<br />

hospitalidade. Mas não compreis tão caro o aplauso. Estai antes contentes com a honra<br />

que vem de Deus.” -Obras de Wesley. Entretanto, em muitas igrejas de nosso tempo, este<br />

ensino é des<strong>ate</strong>ndido.<br />

Professar uma religião tornou-se moda no mundo. Governantes, políticos, advogados,<br />

médicos, negociantes, aderem à igreja como o meio de alcançar o respeito e confiança da<br />

sociedade, e promover os seus próprios interesses mundanos. Procuram, assim, encobrir,<br />

sob o manto do cristianismo, todas as suas transações injustas. As várias corporações<br />

religiosas, robustecidas com a riqueza e influência dos mundanos batizados, mais ainda<br />

se empenham em obter maior popularidade e proteção. Pomposas igrejas, embelezadas de<br />

maneira a mais extravagante, erguem-se nas movimentadas avenidas. Os adoradores<br />

vestem-se com luxo e de acordo com a moda. Elevado salário é pago ao talentoso pastor<br />

para entreter e atrair o povo. Seus sermões não devem tocar nos pecados populares, mas<br />

deverão ser suaves e agradáveis aos ouvidos da aristocracia. Deste modo, ímpios de<br />

elevada posição são alistados nos registros da igreja, e os modernos pecados escondidos<br />

sob o véu da piedade.<br />

Comentando a atitude atual dos professos cristãos para com o mundo, diz um dos<br />

principais jornais seculares: “Insensivelmente a igreja tem seguido o espírito da época e<br />

adaptado suas formas de culto às necessidades modernas.” “Todas as coisas, na verdade,<br />

que contribuem para tornar atraente a religião, a igreja hoje emprega como seus<br />

instrumentos.” E um escritor, no Independent, de Nova Iorque, assim fala a respeito do<br />

metodismo atual: “A linha de separação entre os religiosos e irreligiosos se desvanece<br />

numa espécie de penumbra, e homens zelosos de ambos os lados estão labutando para<br />

obliterar toda diferença entre seu modo de agir e seus prazeres.” “A popularidade da<br />

religião tende grandemente a aumentar o número dos que desejam haurir-lhe os<br />

benefícios sem, de maneira honrada, fazer frente aos seus deveres.”

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