21.04.2023 Views

Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

provas da próxima vinda de Cristo, vastas multidões escutavam silenciosas e extasiadas,<br />

as solenes palavras. O Céu e a Terra pareciam aproximar-se um do outro. O poder de<br />

Deus se fazia sentir em velhos e jovens, e nos de meia-idade. Os homens procuravam<br />

seus lares com louvores nos lábios, ressoando o som festivo no ar silencioso da noite.<br />

Pessoa alguma que haja assistido àquelas reuniões jamais poderá esquecer-se dessas<br />

cenas do mais profundo interesse.<br />

A proclamação de um tempo definido para a vinda de Cristo despertou grande<br />

oposição de muitos, dentre todas as classes, desde o pastor, no púlpito, até ao mais<br />

ousado pecador. Cumpriram-se as palavras da profecia: “Nos últimos dias virão<br />

escarnecedores, andando segundo suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a<br />

promessa de Sua vinda? porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem<br />

como desde o princípio da criação.” 2 Pedro 3:3, 4. Muitos que professavam amar ao<br />

Salvador, declaravam que não se opunham à doutrina do segundo advento; faziam<br />

objeções, unicamente, ao tempo definido. Mas os olhos de Deus, que vêem tudo, liamlhes<br />

o coração. Não desejavam ouvir acerca da vinda de Cristo para julgar o mundo com<br />

justiça. Haviam sido servos infiéis; suas obras não resistiriam à inspeção do Deus que<br />

sonda os corações, e receavam encontrar-se com o Senhor. Tais como os judeus nos dias<br />

de Cristo, não estavam preparados para recebê-Lo. Não somente se recusavam a ouvir os<br />

claros argumentos das Escrituras Sagradas, mas procuravam ridicularizar aos que<br />

aguardavam o Senhor. Satanás e seus anjos exultavam e lançavam afronta ao rosto de<br />

Cristo e dos santos anjos, por ter Seu povo professo tão pouco amor por Ele que não<br />

desejavam o Seu aparecimento.<br />

“Daquele dia e hora ninguém sabe”, era o argumento mais freqüentemente aduzido<br />

pelos que rejeitavam a fé do advento. A passagem é: “Daquele dia e hora ninguém sabe,<br />

nem os anjos do Céu, nem o Filho, mas unicamente Meu Pai.” M<strong>ate</strong>us 24:36. Uma<br />

explicação clara e harmoniosa desta passagem era apresentada pelos que aguardavam o<br />

Senhor, e o emprego errôneo que da mesma faziam seus oponentes foi claramente<br />

demonstrado. Estas palavras foram proferidas por Cristo na memorável conversação com<br />

os discípulos, no Monte das Oliveiras, depois que Ele, pela última vez, Se afastou do<br />

templo. Os discípulos haviam feito a pergunta: “Que sinal haverá de Tua vinda e do fim<br />

do mundo?” Jesus lhes deu sinais, e disse: “Quando virdes todas estas coisas, sabei que<br />

Ele está próximo às portas.” M<strong>ate</strong>us 24:3, 33.<br />

Não se deve admitir que uma declaração do Senhor destrua outra. Conquanto<br />

ninguém saiba o dia ou a hora de Sua vinda, somos instruídos quanto à sua proximidade,<br />

e isto nos é exigido saber. Demais, é-nos ensinado que des<strong>ate</strong>nder à advertência ou<br />

recusar saber a proximidade do advento do Salvador, ser-nos-á tão fatal como foi aos que<br />

viveram nos dias de Noé o não saber quando viria o dilúvio. E a parábola, no mesmo<br />

capítulo, põe em contraste o servo fiel com o infiel e dá a sentença ao que disse em seu

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!