21.04.2023 Views

Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Criador reclamava abnegação de todos os outros, Ele próprio não a praticava e não fazia<br />

sacrifício algum. Viu-se agora que para a salvação de uma raça caída e pecadora, o<br />

Governador do Universo fizera o máximo sacrifício que o amor poderia efetuar; pois<br />

“Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo.” 2 Coríntios 5:19. Viu-se<br />

também que, enquanto Lúcifer abrira a porta para o pecado, pelo seu desejo de honras e<br />

supremacia, Cristo, a fim de destruir o pecado, Se humilhara e Se fizera obediente até à<br />

morte.<br />

Deus manifestara Sua repulsa aos princípios da rebelião. O Céu todo viu a Sua justiça<br />

revelada, tanto na condenação de Satanás como na redenção do homem. Lúcifer declarara<br />

que se a lei de Deus fosse imutável, e seu castigo não pudesse ser abrandado, todos os<br />

transgressores deveriam ser para sempre privados do favor do Criador. Alegara que a raça<br />

pecadora se colocara para além da redenção e, conseguintemente, era sua legítima presa.<br />

A morte de Cristo, porém, era um argumento em prol do homem, argumento que se não<br />

poderia refutar. A pena da lei recaiu sobre Aquele que era igual a Deus, ficando livre o<br />

homem para aceitar a justiça de Cristo, e, por uma vida de arrependimento e humilhação,<br />

triunfar, como o Filho de Deus, sobre o poder de Satanás. Assim, Deus é justo, e<br />

justificador de todos os que crêem em Jesus.<br />

Mas não foi meramente para efetuar a redenção do homem que Cristo veio à Terra e<br />

aqui sofreu e morreu. Veio para “engrandecer a lei” e “torná-la gloriosa.” Não somente<br />

para que os habitantes deste mundo pudessem considerar a lei como esta deveria ser<br />

considerada, mas para demonstrar a todos os mundos do Universo que a lei de Deus é<br />

imutável. Pudessem seus requisitos ser postos de lado, e o Filho de Deus não necessitaria<br />

então haver dado Sua vida para expiar a transgressão da mesma. A morte de Cristo prova<br />

ser ela imutável. E o sacrifício a que o amor infinito induziu o Pai e o Filho, a fim de que<br />

os pecadores pudessem ser salvos, demonstra ao Universo todo (e nada menos que este<br />

plano de expiação teria bastado para fazer) que a justiça e a misericórdia são o<br />

fundamento da lei e do governo de Deus.<br />

Na execução final do juízo ver-se-á que nenhuma causa existe para o pecado. Quando<br />

o Juiz de toda a Terra perguntar a Satanás: “Por que te rebelaste contra Mim, e Me<br />

roubaste os súditos de Meu reino?”, o originador do mal não poderá apresentar resposta<br />

alguma. Toda boca se fechará e todas as hostes rebeldes estarão mudas. A cruz do<br />

Calvário,ao mesmo tempo em que declara ser imutável a lei, proclama ao Universo que o<br />

salário do pecado é a morte. No brado agonizante do Salvador -“Está consumado” -soou<br />

a sentença de morte de Satanás. Decidiu-se então o grande conflito que durante tanto<br />

tempo estivera em andamento e confirmou-se a extirpação do mal. O Filho de Deus<br />

transpôs os umbrais do túmulo, a fim de que “pela morte aniquilasse o que tinha o<br />

império da morte, isto é, o diabo.” Hebreus 2:14. O desejo de exaltação própria por parte

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!