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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

que a Terra é o santuário, crendo que a purificação deste representava a purificação da<br />

Terra pelo fogo, à vinda do Senhor. Quando, pois, achou que o termo dos 2.300 dias<br />

estava definidamente predito, concluiu que isto revelava o tempo do segundo advento.<br />

Seu erro resultou de aceitar a opinião popular quanto ao que constitui o santuário.<br />

No cerimonial típico -sombra do sacrifício e sacerdócio de Cristo -a purificação do<br />

santuário era o último serviço realizado pelo sumo sacerdote no conjunto anual das<br />

cerimônias ministradas. Era a obra encerradora da expiação -uma remoção ou<br />

afastamento do pecado de Israel. Prefigurava a obra final no ministério de nosso Sumo<br />

Sacerdote no Céu, pela remoção ou obliteração dos pecados de Seu povo, que se achavam<br />

registrados nos relatórios celestiais. Este trabalho envolve uma investigação e um<br />

julgamento; e isto precede imediatamente a vinda de Cristo nas nuvens do céu, com<br />

poder e grande glória. Quando Ele vier, pois, todos os casos estarão decididos. Diz Jesus:<br />

“O Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Apocalipse<br />

22:12. É esta obra de julgamento, que precede imediatamente a segunda vinda, que é<br />

anunciada na mensagem do primeiro anjo de Apocalipse 14:7: “Temei a Deus, e dai-Lhe<br />

glória; porque vinda é a hora do Seu juízo.”<br />

Os que proclamaram esta advertência deram a mensagem devida no devido tempo.<br />

Mas, assim como os primitivos discípulos, baseados na profecia de Daniel 9, declararam -<br />

“O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo” -ao mesmo tempo em que<br />

deixaram de perceber que a morte do Messias estava predita na mesma passagem, de<br />

igual modo, Miller e seus companheiros pregaram a mensagem baseados em Daniel 8:14<br />

e Apocalipse 14:7, e deixaram de ver que havia ainda outras mensagens apresentadas em<br />

Apocalipse 14, que também deveriam ser dadas antes do advento do Senhor. Assim como<br />

os discípulos estiveram em erro quanto ao reino a ser estabelecido no fim das setenta<br />

semanas, também os adventistas se enganaram em relação ao fato a ocorrer à terminação<br />

dos 2.300 dias. Em ambos os casos houve aceitação de erros populares, ou antes, uma<br />

aderência a eles, cegando o espírito à verdade. Ambas as classes cumpriram a vontade de<br />

Deus, apresentando a mensagem que Ele desejava fosse dada, e ambas, pela sua própria<br />

compreensão errônea da respectiva mensagem, sofreram desapontamento.<br />

Não obstante, Deus cumpriu Seu misericordioso propósito, permitindo que a<br />

advertência do juízo fosse feita exatamente como o foi. O grande dia estava próximo e,<br />

pela providência divina, o povo foi provado em relação ao tempo definido, a fim de que<br />

lhes fosse manifesto o que estava em seu coração. A mensagem era destinada à prova e<br />

purificação da igreja. Esta deveria ser levada a ver se suas afeições estavam postas neste<br />

mundo ou em Cristo e no Céu. Professava amar o Salvador; deveria agora provar seu<br />

amor. Estavam os crentes dispostos a renunciar às esperanças e ambições mundanas,<br />

acolhendo com alegria o advento do Senhor? A mensagem tinha por fim habilitá-los a

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