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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

por seus adversários; a Daniel, enquanto buscava sabedoria divina na corte de um rei<br />

pagão, ou abandonado para se tornar presa dos leões; a Pedro, condenado à morte no<br />

calabouço de Herodes; aos prisioneiros em Filipos; a Paulo e seus companheiros na noite<br />

da tempestade no mar; a abrir a mente de Cornélio para receber o evangelho; a enviar<br />

Pedro com a mensagem da salvação ao desconhecido gentio -assim, em todos os tempos,<br />

têm os santos anjos ministrado ao povo de Deus.<br />

Um anjo da guarda é designado a todo seguidor de Cristo. Estes vigias celestiais<br />

protegem aos justos do poder maligno. Isto, o próprio Satanás reconheceu, quando disse:<br />

“Porventura teme Jó a Deus em vão? Porventura não circunvalaste Tu a ele, e a sua casa,<br />

e a tudo quanto tem?” Jó 1:9, 10. O agente pelo qual Deus protege a Seu povo é<br />

apresentado nas palavras do salmista: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O<br />

temem, e os livra.” Salmos 34:7. Disse o Salvador, falando daqueles que nEle crêem:<br />

“Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque Eu vos digo que os seus anjos<br />

nos Céus sempre vêem a face de Meu Pai.” M<strong>ate</strong>us 18:10. Os anjos designados para<br />

ministrarem aos filhos de Deus têm em todo tempo acesso à Sua presença. Assim, ao<br />

povo de Deus, exposto ao poder enganador e vigilante malignidade do príncipe das<br />

trevas, e em conflito com todas as forças do mal, é assegurada a incessante guarda dos<br />

seres celestiais. Tampouco é tal segurança dada sem necessidade. Se Deus concedeu a<br />

Seus filhos promessas de graça e proteção, é porque há poderosas instrumentalidades do<br />

mal a serem enfrentadas -agentes numerosos, decididos e incansáveis, de cuja<br />

malignidade e poder ninguém pode sem perigo achar-se em ignorância ou inadvertência.<br />

Os espíritos maus, criados a princípio sem pecado, eram iguais, em sua natureza,<br />

poder e glória, aos seres santos que ora são os mensageiros de Deus. Mas, caídos pelo<br />

pecado, acham-se coligados para a desonra de Deus e destruição dos homens. Unidos<br />

com Satanás em sua rebelião, e com ele expulsos do Céu, têm, através de todas as eras<br />

que se sucederam, cooperado com ele em sua luta contra a autoridade divina. Somos<br />

informados, nas Escrituras, acerca de sua união e governo, suas várias ordens,<br />

inteligência e astúcia, e de seus maus intuitos contra a paz e felicidade dos homens.<br />

A história do Antigo Testamento apresenta referências ocasionais à sua existência e<br />

operação; foi, porém, durante o tempo em que Cristo esteve sobre a Terra, que da mais<br />

notável maneira os espíritos maus manifestaram seu poder. Cristo viera para executar o<br />

plano ideado para a redenção do homem, e Satanás decidiu-se a fazer valer o seu direito<br />

de governar o mundo. Fora bem-sucedido ao estabelecer a idolatria em toda parte do<br />

globo, exceto na terra da Palestina. À única terra que não havia cedido completamente ao<br />

domínio do tentador, viera Cristo para derramar sobre o povo a luz do Céu. Ali, dois<br />

poderes rivais pretendiam a supremacia. Jesus estendia Seus braços de amor, em convite<br />

a todos os que quisessem nEle encontrar perdão e paz. As hostes das trevas viram que<br />

não possuíam domínio ilimitado, e compreenderam que, se a missão de Cristo fosse bem-

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