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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

que ela não veio nunca pela vontade do homem, mas foi escrita ao serem homens santos<br />

inspirados pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:21), e dada ‘para nosso ensino’, ‘para que pela<br />

paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança’, não poderia deixar de<br />

considerar as porções cronológicas da Bíblia senão como uma parte da Palavra de Deus, e<br />

com tanto direito à nossa séria consideração como qualquer outra porção dela. Senti, pois,<br />

que, esforçando-me por compreender o que Deus em Sua misericórdia achou conveniente<br />

revelar-nos, eu não tinha direito de omitir os períodos proféticos.” -Bliss.<br />

A profecia que mais claramente parecia revelar o tempo do segundo advento, era a de<br />

Daniel 8:14: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.”<br />

Seguindo sua regra de fazer as Escrituras o seu próprio intérprete, Miller descobriu que<br />

um dia na profecia simbólica representa um ano (Números 14:34; Ezequiel 4:6); viu que<br />

o período de 2.300 dias proféticos, ou anos literais, se estenderia muito além do final da<br />

dispensação judaica, donde o não poder ele referir-se ao santuário daquela dispensação.<br />

Miller aceitou a opinião geralmente acolhida, de que na era cristã a Terra é o santuário, e,<br />

portanto, compreendeu que a purificação do santuário predita em Daniel 8:14 representa<br />

a purificação da Terra pelo fogo, à segunda vinda de Cristo. Se, pois, se pudesse<br />

encontrar o exato ponto de partida para os 2.300 dias, concluiu que se poderia facilmente<br />

determinar a ocasião do segundo advento. Assim se revelaria o tempo daquela grande<br />

consumação, “tempo em que as condições presentes, com todo o seu orgulho e poder,<br />

pompa e vaidade, impiedade e opressão, viriam ao fim”, que a maldição “se removeria da<br />

Terra, a morte seria destruída, dar-se-ia o galardão aos servos de Deus, os profetas e os<br />

santos, e aos que temem o Seu nome, e seriam destruídos os que devastam a Terra.” -<br />

Bliss.<br />

Com um novo e mais profundo fervor, Miller continuou o exame das profecias,<br />

dedicando dias e noites inteiras ao estudo do que agora lhe parecia de tão estupenda<br />

importância e absorvente interesse. No Capítulo 8 de Daniel ele não pôde achar nenhum<br />

fio que guiasse ao ponto de partida dos 2.300 dias; o anjo Gabriel, conquanto tivesse<br />

recebido ordem de fazer com que Daniel compreendesse a visão,deulhe apenas uma<br />

explicação parcial. Quando a terrível perseguição a recair sobre a igreja foi desvendada à<br />

visão do profeta, abandonou-o a força física. Não pôde suportar mais, e o anjo o deixou<br />

por algum tempo.<br />

Daniel enfraqueceu e esteve enfermo alguns dias. “Espanteime acerca da visão”, diz<br />

ele,“e não havia quem a entendesse.” Deus ordenou, contudo, a Seu mensageiro: “Dá a<br />

entender a este a visão.” A incumbência devia ser satisfeita. Em obediência a ela, o anjo,<br />

algum tempo depois, voltou a Daniel, dizendo: “Agora saí para fazer-te entender o<br />

sentido”; “toma, pois, bem sentido na palavra, e entende a visão.” Daniel 9:22, 23. Havia,<br />

na visão do Capítulo 8, um ponto importante que tinha sido deixado sem explicação, a

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