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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

sucedida, seu governo estaria prestes a terminar. Satanás enfurecia-se como um leão<br />

acorrentado e, em desafio, exibia seu poder tanto sobre o corpo como sobre a alma dos<br />

homens. Que os homens tenham sido possuídos de demônios está claramente referido no<br />

Novo Testamento. As pessoas desta maneira afligidas não sofriam meramente de<br />

moléstias provenientes de causas naturais. Cristo tinha perfeito conhecimento daquilo<br />

com que estava a tratar, e reconheceu a presença direta e a operação dos espíritos maus.<br />

Notável exemplo do número deles, de seu poder e malignidade, e também do poder e<br />

misericórdia de Cristo, é dado no relato bíblico da cura dos endemoninhados de Gadara.<br />

Aqueles infelizes lunáticos, zombando de toda restrição, agitando-se, espumando,<br />

encolerizandose, estavam a encher os ares de seus gritos, fazendo violência a si próprios,<br />

e pondo em perigo todos os que deles se aproximassem. Seu desfigurado corpo a sangrar,<br />

a mente transtornada, apresentavam um espetáculo que comprazia ao príncipe das trevas.<br />

Um dos demônios, que dirigia os padecentes, declarou: “Legião é o meu nome, porque<br />

somos muitos.” Marcos 5:9. No exército romano, a legião compunha-se de três a cinco<br />

mil homens. As hostes de Satanás são também arregimentadas em companhias, e a<br />

simples companhia a que pertenciam esses demônios contava não menos que uma legião.<br />

Ao mando de Jesus os anjos maus afastaram-se de suas vítimas, deixando-as<br />

calmamente sentadas aos pés do Salvador, submissas, inteligentes e dóceis. Mas aos<br />

demônios foi permitido varrer para o mar um rebanho de porcos; e para os habitantes de<br />

Gadara a perda disto sobrepujou as bênçãos que Cristo conferira, e pediram eles ao<br />

Médico divino que Se retirasse. Este o resultado que Satanás intentava obter. Lançando<br />

sobre Jesus a culpa de seu prejuízo, suscitou os temores egoístas do povo, impedindo-o<br />

de escutar Suas palavras. Satanás acusa constantemente os cristãos como causa de<br />

prejuízo, desgraça e sofrimento, em vez de consentir que a censura recaia onde compete:<br />

sobre si mesmo e seus anjos.<br />

Os propósitos de Cristo não foram, porém, subvertidos. Permitiu que os espíritos<br />

maus destruíssem a manada de porcos, como reprovação àqueles judeus que, por amor do<br />

ganho, estavam a criar tais animais imundos. Não houvesse Cristo restringido os<br />

demônios, e teriam arrastado para o mar não somente os porcos, mas também seus<br />

guardadores e possuidores. A preservação dos que os guardavam bem como dos seus<br />

donos, foi unicamente devida a Seu poder, misericordiosamente exercido para o<br />

livramento deles. Demais, foi permitido que esse acontecimento ocorresse a fim de que<br />

os discípulos pudessem testemunhar o poder cruel de Satanás, tanto sobre o homem como<br />

sobre os animais. O Salvador desejava que Seus seguidores conhecessem o adversário<br />

que tinham de enfrentar, para que não fossem enganados e vencidos por seus ardis. Era<br />

também Sua vontade que o povo daquela região contemplasse Seu poder de quebrar o<br />

cativeiro de Satanás e libertar seus cativos. E, ainda que o próprio Jesus Se retirasse, os

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