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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

ruas. Nos palácios dos reis, nas assembléias dos filósofos, nas escolas dos rabis, todos, de<br />

igual maneira, se acham inconscientes do maravilhoso fato que encheu todo o Céu de<br />

alegria e louvor -o fato de que o Redentor dos homens está prestes a aparecer na Terra.<br />

Evidência alguma há de que Cristo seja esperado, e nenhuns preparativos para o<br />

Príncipe da Vida. Com espanto está o mensageiro celestial prestes a voltar para o Céu<br />

com a desonrosa notícia, quando descobre alguns pastores que, à noite, vigiam seus<br />

rebanhos e, mirando o céu bordado de estrelas, meditam na profecia do Messias a vir à<br />

Terra, anelando o advento do Redentor do mundo. Ali se encontra um grupo que está<br />

preparado para receber a mensagem celestial. E subitamente o anjo do Senhor aparece<br />

anunciando as boas novas de grande alegria. A glória celestial inunda a planície toda;<br />

aparece uma incontável multidão de anjos e, como se fora demasiado grande a alegria<br />

para um só mensageiro trazê-la do Céu, uma multidão de vozes irrompe em louvores que<br />

todas as nações dos salvos um dia entoarão: “Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa<br />

vontade para com os homens.” Lucas 2:14.<br />

Oh! que lição encerra a maravilhosa história de Belém! Quanto ela reprova a nossa<br />

incredulidade, nosso orgulho e amor-próprio! Quanto nos adverte a nos precavermos para<br />

que não aconteça que pela nossa criminosa indiferença deixemos também de discernir os<br />

sinais dos tempos e, portanto, não conheçamos o dia de nossa visitação! Não foi somente<br />

nas colinas da Judéia, nem apenas entre os humildes pastores, que os anjos encontraram<br />

os que se achavam vigilantes pela vinda do Messias. Na terra dos gentios havia também<br />

os que por Ele esperavam; eram homens sábios, ricos e nobres filósofos do Oriente.<br />

Estudiosos da Natureza, haviam os magos visto a Deus em Sua obra. Pelas Escrituras<br />

hebraicas tinham aprendido acerca da Estrela que deveria surgir de Jacó, e com ardente<br />

desejo esperavam a vinda dAquele que seria não somente a “Consolação de Israel”, mas<br />

uma “luz para alumiar as nações”, e “salvação até os confins da Terra.” Lucas 2:25, 32;<br />

Atos 13:47. Buscavam a luz, e luz procedente do trono de Deus iluminou-lhes o caminho<br />

para os pés. Enquanto os sacerdotes e rabis de Jerusalém, os pretensos depositários e<br />

expositores da verdade, se encontravam envoltos em trevas, a estrela enviada pelo Céu<br />

guiou os estrangeiros gentios ao lugar do nascimento do recém-nascido Rei.<br />

É para os que O esperam que Cristo deve aparecer a segunda vez, sem pecado, para a<br />

salvação. Hebreus 9:28. Semelhantemente às novas do nascimento do Salvador, a<br />

mensagem do segundo advento não foi confiada aos dirigentes religiosos do povo. Eles<br />

não haviam preservado sua união com Deus, recusando a luz do Céu; não eram, portanto,<br />

do número descrito pelo apóstolo Paulo: “Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para<br />

que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e<br />

filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.” 1 Tessalonicenses 5:4, 5. Os vigias<br />

sobre os muros de Sião deveriam ter sido os primeiros a aprender as novas do advento do<br />

Salvador, os primeiros a alçar a voz para proclamar achar-Se Ele perto, os primeiros a

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