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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

seguidores de formalidades e destituídos de consagração. Estes não desejavam ser<br />

perturbados em sua procura de prazeres, seu desejo de ganho e ambição de honras<br />

mundanas. Daí a inimizade e a oposição suscitadas contra a fé no advento e contra os que<br />

a proclamavam.<br />

Como se verificassem irrefutáveis os argumentos baseados nos períodos proféticos, os<br />

oponentes se esforçaram por desacoroçoar a investigação deste assunto, ensinando que as<br />

profecias estavam fechadas. Assim seguiram os protestantes nas pegadas dos romanistas.<br />

Enquanto a igreja papal privava da Bíblia o povo, as igrejas protestantes alegavam que<br />

uma parte importante da Palavra Sagrada -parte que apresentava verdades especialmente<br />

aplicáveis ao nosso tempo -não podia ser compreendida. Pastores e povo declaravam que<br />

as profecias de Daniel e do Apocalipse eram mistérios incompreensíveis. Cristo, porém,<br />

chamou a <strong>ate</strong>nção de Seus discípulos para as palavras do profeta Daniel, relativas aos<br />

acontecimentos a ocorrerem na época deles, e disse: “Quem lê, entenda.” M<strong>ate</strong>us 24:15<br />

(TB). E a afirmação de que o Apocalipse é um mistério, que não pode ser compreendido,<br />

é contradita pelo próprio título do livro: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu<br />

para mostrar a Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer. ... Bemaventurado<br />

aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas<br />

que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” Apocalipse 1:1-3.<br />

Diz o profeta: “Bem-aventurado aquele que lê” -há os que não querem ler; a bênção<br />

não é para estes. “E os que ouvem” -há alguns, também, que se recusam a ouvir qualquer<br />

coisa relativa às profecias; a bênção não é para esta classe. “E guardam as coisas que nela<br />

estão escritas” -muitos se recusam a <strong>ate</strong>nder às advertências e instruções contidas no<br />

Apocalipse; nenhum desses pode pretender a bênção prometida. Todos os que<br />

ridicularizam os assuntos da profecia, zombando dos símbolos ali solenemente dados,<br />

todos os que se recusam a reformar a vida e preparar-se para a vinda do Filho do homem,<br />

não serão abençoados. Em vista do testemunho da Inspiração, como ousam os homens<br />

ensinar que o Apocalipse é um mistério, fora do alcance da inteligência humana? É um<br />

mistério revelado, um livro aberto. O estudo do Apocalipse encaminha o espírito às<br />

profecias de Daniel, e ambos apresentam importantíssimas instruções, dadas por Deus ao<br />

homem, relativas a fatos a acontecerem no final da história deste mundo.<br />

Foram reveladas a João cenas de profundo e palpitante interesse na experiência da<br />

igreja. Viu ele a posição, os perigos, os conflitos e o livramento final do povo de Deus.<br />

Ele registra as mensagens finais que devem amadurecer a seara da Terra, sejam os<br />

molhos para o celeiro celeste, ou os feixes para os fogos da destruição. Assuntos de vasta<br />

importância lhe foram desvendados, especialmente para a última igreja, a fim de que os<br />

que volvessem do erro para a verdade pudessem ser instruídos em relação aos perigos e<br />

conflitos que diante deles estariam. Ninguém necessita estar em trevas no que respeita<br />

àquilo que está para vir sobre a Terra. Por que, pois, esta dilatada ignorância com respeito

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