21.04.2023 Views

Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Recebesse o professo povo de Deus a luz tal como lhe refulge da Sua Palavra, e<br />

alcançaria a unidade por que Cristo orou, a qual o apóstolo descreve como “a unidade do<br />

Espírito pelo vínculo da paz.” “Há”, diz ele, “um só corpo e um só Espírito, como<br />

também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só<br />

fé, um só batismo.” Efésios 4:3-5. Foram estes os benditos resultados fruídos pelos que<br />

aceitaram a mensagem adventista. Vieram de denominações várias, e as barreiras<br />

denominacionais foram arremessadas ao chão; credos em conflito eram reduzidos a<br />

átomos; a esperança de um milênio terreal, em desacordo com a Escritura Sagrada, foi<br />

posta de lado e corrigidas opiniões falsas sobre o segundo advento; varridos o orgulho e a<br />

conformação ao mundo; repararam-se injustiças; os corações se uniram na mais doce<br />

comunhão, e o amor e a alegria reinaram supremos. Se esta doutrina fez isto pelos poucos<br />

que a receberam, o mesmo teria feito a todos, se todos a houvessem recebido.<br />

Mas as igrejas, em geral, não aceitaram a advertência. Os pastores, que, como “vigias<br />

sobre a casa de Israel”, deveriam ter sido os primeiros a discernir os sinais da vinda de<br />

Jesus, não quiseram saber a verdade, quer pelo testemunho dos profetas, quer pelos sinais<br />

dos tempos. À medida que as esperanças e ambições mundanas lhes encheram o coração,<br />

arrefeceram o amor para com Deus e a fé em Sua Palavra; e, quando a doutrina do<br />

advento era apresentada, apenas suscitava preconceito e descrença. O fato de ser a<br />

mensagem em grande parte pregada por leigos, era insistentemente apresentado como<br />

argumento contra a mesma. Como na antigüidade, ao claro testemunho da Palavra de<br />

Deus opunha-se a indagação: “Têm crido alguns dos príncipes ou dos fariseus?” E vendo<br />

quão difícil tarefa era refutar os argumentos aduzidos dos períodos proféticos, muitos<br />

desanimavam o estudo das profecias, ensinando que os livros proféticos estavam selados,<br />

e não deveriam ser compreendidos. Multidões, confiando implicitamente nos pastores,<br />

recusaram-se a ouvir a advertência; e outros, ainda que convictos da verdade, não<br />

ousavam confessá-la para não serem “expulsos da sinagoga.” A mensagem que Deus<br />

enviara para provar e purificar a igreja revelou com muita evidência quão grande era o<br />

número dos que haviam posto a afeição neste mundo ao invés de em Cristo. Os laços que<br />

os ligavam à Terra, mostravam-se mais fortes do que as atrações ao Céu. Preferiam ouvir<br />

a voz da sabedoria mundana, e desviavam-se da probante mensagem da verdade.<br />

Rejeitando a advertência do primeiro anjo, desprezaram os meios que o Céu provera<br />

para a sua restauração. Desacataram o mensageiro de graça que teria corrigido os males<br />

que os separavam de Deus, e com maior avidez volveram à busca da amizade do mundo.<br />

Eis aí a causa da terrível condição de mundanismo, apostasia e morte espiritual, que<br />

prevalecia nas igrejas em 1844. No Capítulo 14 do Apocalipse, o primeiro anjo é<br />

seguido por um segundo anjo, que proclama: “Caiu, caiu Babilônia, aquela grande<br />

cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.” Apocalipse<br />

14:8. O termo Babilônia é derivado de “Babel” e significa confusão. É empregado nas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!