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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Capitulo 15 - A Revolução Francesa<br />

No século XVI, a Reforma, apresentando ao povo uma Bíblia aberta, procurava<br />

admissão em todos os países da Europa. Algumas nações receberam-na com alegria,<br />

como um mensageiro do Céu. Em outras terras o papado conseguiu em grande parte<br />

impedirlhe a entrada; e a luz do conhecimento da Escritura Sagrada, com sua<br />

enobrecedora influência, foi quase totalmente excluída. Em um país, posto que a luz<br />

encontrasse entrada, não foi compreendida por causa das muitas trevas. Durante séculos a<br />

verdade e o erro lutaram pelo predomínio. Finalmente o mal triunfou e a verdade divina<br />

foi rejeitada. “Esta é a condenação, que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais<br />

as trevas do que a luz.” João 3:19. Permitiuse que a nação colhesse os resultados da<br />

conduta que adotara. A restrição do Espírito de Deus foi removida de um povo que tinha<br />

desprezado o dom de Sua graça. Consentiu-se que o mal chegasse a amadurecer. E todo o<br />

mundo viu os frutos da rejeição voluntária da luz.<br />

Esta guerra contra a Escritura Sagrada, prosseguida durante tantos séculos na França,<br />

culminou nas cenas da Revolução. Aquela terrível carnificina foi apenas o resultado<br />

legítimo da supressão da Escritura por parte de Roma. Apresentou ao mundo o mais<br />

flagrante exemplo da operação dos princípios papais -exemplo dos resultados a que por<br />

mais de mil anos tendia o ensino da Igreja de Roma. A supressão das Escrituras durante o<br />

período da supremacia papal, foi predita pelos profetas; e o Revelador (o apóstolo João)<br />

indica também os terríveis resultados que deveriam sobrevir especialmente à França pelo<br />

domínio do “homem do pecado”.<br />

Disse o anjo do Senhor: “Pisarão a santa cidade por quarenta e dois meses. E darei<br />

poder às Minhas duas Testemunhas, e profetizarão por mil, duzentos e sessenta dias,<br />

vestidas de saco. ... E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo<br />

lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará. E jazerão seus corpos mortos na praça da<br />

grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também<br />

foi crucificado. ... E os que habitam na Terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e<br />

mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os<br />

que habitam sobre a Terra. E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de<br />

Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os<br />

viram.” Apocalipse 11:2-11.<br />

Os períodos aqui mencionados -“quarenta e dois meses” e “mil, duzentos e sessenta<br />

dias” -são o mesmo, representando igualmente o tempo em que a igreja de Cristo deveria<br />

sofrer opressão de Roma. Os 1.260 anos da supremacia papal começaram em 538 de<br />

nossa era e terminariam, portanto, em 1798. Nessa ocasião um exército francês entrou em<br />

Roma e tomou prisioneiro o papa, que morreu no exílio. Posto que logo depois fosse<br />

eleito novo papa, a hierarquia papal nunca pôde desde então exercer o poder que antes

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