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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

haviam sido seus defensores; e estes cristãos apóstatas, unindo-se aos companheiros<br />

semipagãos, dirigiram seus ataques contra os característicos mais importantes das<br />

doutrinas de Cristo.<br />

Foi necessária uma luta desesperada por parte daqueles que desejavam ser fiéis,<br />

permanecendo firmes contra os enganos e abominações que se disfarçavam sob as vestes<br />

sacerdotais e se introduziram na igreja. A Escritura Sagrada não era aceita como a norma<br />

de fé. A doutrina da liberdade religiosa era chamada heresia, sendo odiados e proscritos<br />

seus mantenedores. Depois de longo e tenaz conflito, os poucos fiéis decidiram-se a<br />

dissolver toda união com a igreja apóstata, caso ela ainda recusasse libertar-se da<br />

falsidade e idolatria. Viram que a separação era uma necessidade absoluta se desejavam<br />

obedecer à Palavra de Deus. Não ousavam tolerar erros fatais a sua própria alma, e dar<br />

exemplo que pusesse em perigo a fé de seus filhos e netos. Para assegurar a paz e a<br />

unidade, estavam prontos a fazer qualquer concessão coerente com a fidelidade para com<br />

Deus, mas acharam que mesmo a paz seria comprada demasiado caro com sacrifício dos<br />

princípios. Se a unidade só se pudesse conseguir comprometendo a verdade e a justiça,<br />

seria preferível que prevalecessem as diferenças e as conseqüentes lutas.<br />

Bom seria à igreja e ao mundo se os princípios que atuavam naquelas almas<br />

inabaláveis revivessem no coração do professo povo de Deus. Há alarmante indiferença<br />

em relação às doutrinas que são as colunas da fé cristã. Ganha terreno a opinião de que,<br />

em última análise, não são de importância vital. Esta degenerescência está fortalecendo as<br />

mãos dos agentes de Satanás, de modo que falsas teorias e enganos fatais, que os fiéis dos<br />

séculos passados expunham e combatiam com riscos da própria vida, são hoje<br />

considerados com favor por milhares que pretendem ser seguidores de Cristo. Os<br />

primitivos cristãos eram na verdade um povo peculiar. Sua conduta irrepreensível e fé<br />

invariável eram contínua reprovação a perturbar a paz dos pecadores. Se bem que poucos,<br />

sem riqueza, posição ou títulos honoríficos, constituíam um terror para os malfeitores<br />

onde quer que seu caráter e doutrina fossem conhecidos. Eram, portanto, odiados pelos<br />

ímpios, assim como Abel o foi pelo ímpio Caim. Pela mesma razão por que Caim matou<br />

Abel, os que procuravam repelir a restrição do Espírito Santo mataram o povo de Deus.<br />

Pelo mesmo motivo foi que os judeus rejeitaram e crucificaram o Salvador: porque a<br />

pureza e santidade de Seu caráter eram repreensão constante ao egoísmo e corrupção<br />

deles. <strong>Desde</strong> os dias de Cristo até hoje, os fiéis discípulos têm suscitado ódio e oposição<br />

dos que amam e seguem os caminhos do pecado.<br />

Como, pois, pode o evangelho ser chamado mensagem de paz? Quando Isaías<br />

predisse o nascimento do Messias, conferiu-Lhe o título de “Príncipe da Paz.” Quando os<br />

anjos anunciaram aos pastores que Cristo nascera, cantaram sobre as planícies de Belém:<br />

“Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens.” Lucas 2:14.<br />

Há uma aparente contradição entre estas declarações proféticas e as palavras de Cristo:

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