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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

No tempo do primeiro advento de Cristo, os sacerdotes e escribas da santa cidade, a<br />

quem foram confiados os oráculos de Deus, poderiam ter discernido os sinais dos tempos<br />

e proclamado a vinda do Prometido. A profecia de Miquéias designou o lugar de Seu<br />

nascimento (Miquéias 5:2); Daniel especificou o tempo em que viria. Daniel 9:25. Deus<br />

confiou estas profecias aos dirigentes judeus; estariam sem desculpas se não soubessem<br />

nem declarassem ao povo que a vinda do Messias estava às portas. Sua ignorância era o<br />

resultado da pecaminosa negligência. Os judeus estavam edificando túmulos aos profetas<br />

assassinados, enquanto pela deferência com que tratavam os grandes homens da Terra<br />

prestavam homenagem aos servos de Satanás. Absortos em suas ambiciosas lutas para<br />

conseguir posição e poderio entre os homens, perderam de vista as honras divinas que<br />

lhes eram oferecidas pelo Rei do Céu.<br />

Com profundo e reverente interesse deveriam encontrar-se a estudar o lugar, o tempo,<br />

as circunstâncias do grande acontecimento na história universal -a vinda do Filho de<br />

Deus para cumprir a redenção do homem. Todo o povo deveria ter estado a vigiar e<br />

esperar para que pudessem achar-se entre os primeiros a dar as boas-vindas ao Redentor<br />

do mundo. Mas ai! em Belém, dois fatigados viajantes, procedentes das colinas de<br />

Nazaré, percorrem em toda a extensão a estreita rua até à extremidade oriental da cidade,<br />

procurando em vão um lugar de repouso e abrigo para a noite. Porta alguma se achava<br />

aberta para os receber. Sob miserável telheiro preparado para o gado, encontram<br />

finalmente refúgio, e ali nasce o Salvador do mundo.<br />

Anjos celestiais tinham visto a glória de que o Filho de Deus participava com o Pai<br />

antes que o mundo existisse, e com profundo interesse haviam aguardado o Seu<br />

aparecimento na Terra, como uma ocorrência repleta das maiores alegrias para todo o<br />

povo. Foram designados anjos para levar as alegres novas aos que estavam preparados<br />

para recebê-las, e que alegremente as tornariam conhecidas aos habitantes da Terra.<br />

Cristo Se ab<strong>ate</strong>ra para tomar sobre Si a natureza do homem; deveria Ele suportar um peso<br />

infinito de misérias ao fazer de Sua alma oferta pelo pecado; todavia, desejavam os anjos<br />

que mesmo em Sua humilhação o Filho do Altíssimo pudesse aparecer diante dos homens<br />

com uma dignidade e glória condizentes com Seu caráter. Congregar-se-iam os grandes<br />

homens da Terra na capital de Israel para saudar a Sua vinda? Apresentá-Lo-iam legiões<br />

de anjos à multidão expectante?<br />

Um anjo visita a Terra a fim de ver quais os que se acham preparados para receber a<br />

Jesus. Não pode, porém, distinguir sinal algum de expectação. Não ouve voz alguma de<br />

louvor e triunfo, anunciando que o tempo da vinda do Messias está às portas. O anjo paira<br />

por algum tempo sobre a cidade escolhida e o templo onde a presença divina tinha sido<br />

manifestada durante séculos; mas, mesmo ali, há idêntica indiferença. Os sacerdotes, em<br />

sua pompa e orgulho, estão oferecendo profanos sacrifícios no templo. Os fariseus estão<br />

em altas vozes discursando ao povo, ou fazendo jactanciosas orações nas esquinas das

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