21.04.2023 Views

Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

permanecem na defesa da verdade impopular. É o mesmo expediente que tem sido<br />

adotado em todos os tempos. Elias foi acusado de ser o perturbador de Israel, Jeremias de<br />

traidor, Paulo de profanador do templo. <strong>Desde</strong> aquele tempo até hoje, os que desejam ser<br />

fiéis à verdade têm sido denunciados como sediciosos, hereges ou facciosos. Multidões<br />

que são demasiado incrédulas para aceitar a segura palavra da profecia, receberão com<br />

ilimitada credulidade a acusação contra os que ousam reprovar os pecados em voga. Este<br />

espírito aumentará mais e mais: E a Bíblia claramente ensina que se aproxima um tempo<br />

em que as leis do Estado se encontrarão em tal conflito com a lei de Deus, que, quem<br />

desejar obedecer a todos os preceitos divinos, deverá afrontar o opróbrio e o castigo,<br />

como malfeitor.<br />

Em vista disto, qual é o dever do mensageiro da verdade? Concluirá ele que a verdade<br />

não deve ser apresentada, visto que muitas vezes seu único efeito é levar os homens a se<br />

evadirem de seus requisitos ou a eles resistir? Não; ele não tem mais motivos para reter o<br />

testemunho da Palavra de Deus, porque este levanta oposição, do que tiveram os<br />

primitivos reformadores. A confissão de fé, feita pelos santos e mártires, foi registrada<br />

para o benefício das gerações que se seguiram. Aqueles vivos exemplos de santidade e<br />

firme integridade vieram até nós para infundir coragem nos que hoje são chamados a<br />

estar em pé como testemunhas de Deus. Receberam graça e verdade, não para si apenas,<br />

mas para que, por seu intermédio, o conhecimento de Deus pudesse iluminar a Terra.<br />

Tem Deus proporcionado luz a Seus servos nesta geração? Então devem eles deixá-la<br />

brilhar ao mundo.<br />

Antigamente o Senhor declarou a alguém que falava em Seu nome: “A casa de Israel<br />

não te quererá dar ouvidos, porque não Me querem dar ouvidos.” Não obstante, disse Ele:<br />

“Tu lhes dirás as Minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir.” Ezequiel 3:7; 2:7.<br />

Ao servo de Deus, no presente, é dirigida esta ordem: “Levanta a tua voz como a<br />

trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados.”<br />

Tanto quanto as oportunidades o permitam, cada um que haja recebido a luz da verdade<br />

se encontra sob a mesma responsabilidade solene e terrível em que esteve o profeta de<br />

Israel, a quem viera a palavra do Senhor, dizendo: “A ti pois, ó filho do homem, te<br />

constituí por vigia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da Minha boca, e lha<br />

anunciarás da Minha parte. Se Eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu<br />

não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade,<br />

mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para<br />

desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu<br />

caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma.” Ezequiel 33:7-9.<br />

O grande obstáculo tanto para a aceitação como para a promulgação da verdade, é o<br />

fato de que isto implica incômodo e vitupério. Este é o único argumento contra a verdade<br />

que os seus defensores nunca puderam refutar. Mas isto não dissuade os verdadeiros

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!