11.06.2013 Views

Da Extinção dos Contratos - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

Da Extinção dos Contratos - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

Da Extinção dos Contratos - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

No que concerne à resilição, po<strong>de</strong> esta ser bilateral ou unilateral.<br />

Quan<strong>do</strong> bilateral, é chamada <strong>de</strong> distrato (ou seja, novo consenso<br />

para <strong>de</strong>sfazer o contrato), sen<strong>do</strong> necessária a observância <strong><strong>do</strong>s</strong> requisitos<br />

<strong>de</strong> existência e valida<strong>de</strong> como em um negócio qualquer. Ressalte-se<br />

que, à luz da autonomia da vonta<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>m as partes estabelecer o<br />

mo<strong>do</strong> em que os efeitos <strong>do</strong> distrato se operarão – se ex tunc ou ex<br />

nunc. O novo CC/02 trata <strong>do</strong> tema no art. 472 ao falar da forma <strong>do</strong><br />

distrato, que <strong>de</strong>ve ser aquela exigida para o contrato, se a lei assim<br />

fizer. Observe-se: não é a forma escolhida pelas partes para o contrato,<br />

mas a forma, excepcionalmente, imposta por lei. Por outro la<strong>do</strong>,<br />

se para o negócio a lei impõe forma específica, como, por exemplo,<br />

na hipótese <strong>do</strong> art. 108 <strong>do</strong> CC/02, o distrato <strong>de</strong>ve observar tal forma.<br />

Diferentemente se o negócio tiver forma livre, quan<strong>do</strong>, então, po<strong>de</strong>rá<br />

o distrato ser feito <strong>de</strong> qualquer forma, ainda que diferente da que foi<br />

utilizada no contrato.<br />

Já a resilição unilateral, no que concerne ao seu âmbito <strong>de</strong><br />

incidência, mostra-se em menor número, visto que ela materializa a<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma das partes <strong>do</strong> contrato, sen<strong>do</strong> certo que o art. 473<br />

<strong>do</strong> CC informa que tal forma extintiva só <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r conferi<strong>do</strong><br />

pela lei.<br />

Diz o menciona<strong>do</strong> dispositivo legal que a resilição opera-se<br />

pela <strong>de</strong>núncia <strong>do</strong> contrato. Ou seja, a <strong>de</strong>núncia é uma das formas <strong>de</strong><br />

se utilizar a resilição unilateral. Contu<strong>do</strong>, outras formas <strong>de</strong> resilição<br />

unilateral são apresentadas pela <strong>do</strong>utrina, tais como a revogação e a<br />

renúncia.<br />

Permite-se a <strong>de</strong>núncia em contratos com prazo in<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>,<br />

tal como no contrato <strong>de</strong> comodato e na locação (art. 46, § 2º da Lei<br />

8.245/91 – para o inquilino, art. 4º).<br />

O termo revogação é oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> latim revocare, significan<strong>do</strong>,<br />

em síntese, “fazer voltar” e verifica-se, segun<strong>do</strong> ensinamento <strong>de</strong> Arnol<strong>do</strong><br />

Wald, através daquele que participa da formação <strong>de</strong> contrato<br />

que tinha como elemento a confiança , tal como ocorre na revogação<br />

<strong>do</strong> mandato pelo mandante (art. 682). Também se vê a revogação da<br />

<strong>do</strong>ação nas hipóteses previstas no art. 555.<br />

Extingue-se, ainda, o vínculo contratual através da renúncia,<br />

como prevê, por exemplo, o art. 688 CC/02 (renúncia <strong>do</strong> mandatário),<br />

Revista da EMERJ, v. 11, nº 42, 2008<br />

103

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!