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Da Extinção dos Contratos - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

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ase (rural, urbana, encampação <strong>de</strong> refinarias, direito <strong>de</strong> voto aos<br />

analfabetos, <strong>de</strong>legação legislativa). Em Brasília, sargentos da Aeronáutica<br />

pren<strong>de</strong>ram oficiais, interditaram o aeroporto e sabotaram<br />

aviões, porque o Supremo <strong>Tribunal</strong> Fe<strong>de</strong>ral, lastrea<strong>do</strong> em norma<br />

constitucional, negara registro à candidatura <strong>de</strong> um sargento que se<br />

elegera <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> estadual no Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul (1963). No Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, a Associação <strong><strong>do</strong>s</strong> Marinheiros e Fuzileiros Navais promoveu<br />

reunião, no Sindicato <strong><strong>do</strong>s</strong> Metalúrgicos, para comemorar aniversário<br />

<strong>de</strong> fundação da entida<strong>de</strong> e se solidarizar com o seu presi<strong>de</strong>nte,<br />

cabo José Anselmo, ameaça<strong>do</strong> <strong>de</strong> prisão pelo coman<strong>do</strong> militar.<br />

Soube-se, <strong>de</strong>pois, que o “cabo Anselmo”, na verda<strong>de</strong>, era policial a<br />

serviço <strong><strong>do</strong>s</strong> oposicionistas, infiltra<strong>do</strong> no órgão <strong>de</strong> representação <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

marinheiros. Para reprimir a reunião, o coman<strong>do</strong> naval enviou um<br />

<strong>de</strong>stacamento <strong>de</strong> fuzileiros. Ao invés <strong>de</strong> pren<strong>de</strong>r os participantes,<br />

o <strong>de</strong>stacamento com eles se confraternizou (26/03/64). JG <strong>de</strong>mitiu<br />

o Ministro da Marinha e pronunciou discurso na Associação <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

Sargentos da Polícia Militar <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, com pesada carga<br />

emocional, atacan<strong>do</strong> as elites e os oficiais da Marinha (30/03/64).<br />

Militares <strong>de</strong> alta patente, políticos e personalida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong><br />

civil, instiga<strong><strong>do</strong>s</strong>, instruí<strong><strong>do</strong>s</strong> e financia<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo governo <strong><strong>do</strong>s</strong> EUA,<br />

conspiravam, há algum tempo, para <strong>de</strong>por o presi<strong>de</strong>nte. Aquele<br />

discurso <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou a ação <strong><strong>do</strong>s</strong> conspira<strong>do</strong>res. JG retira-se <strong>do</strong> governo.<br />

Em Porto Alegre, ele <strong>de</strong>saprova a resistência armada sugerida<br />

por Leonel Brizola. Evitou <strong>de</strong>rramamento <strong>de</strong> sangue. As ré<strong>de</strong>as <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> brasileiro passaram às mãos <strong><strong>do</strong>s</strong> militares, com o aplauso<br />

<strong>de</strong> uma parcela <strong>do</strong> povo e a perplexida<strong>de</strong> da outra (1º/04/64). O<br />

presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong><strong>do</strong>s</strong> Deputa<strong><strong>do</strong>s</strong> assumiu o governo, sob a<br />

tutela <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> Supremo da Revolução.<br />

III. PERÍODO AUTOCRÁTICO<br />

1. Carta <strong>de</strong> 1967<br />

Os Comandantes <strong>do</strong> Exército, da Marinha e da Aeronáutica expediram<br />

o AI 1/64, modifican<strong>do</strong> a Constituição <strong>de</strong> 1946 na parte relativa<br />

aos po<strong>de</strong>res <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte da República. Passa a vigorar a <strong>do</strong>utrina<br />

da segurança nacional elaborada na Escola Superior <strong>de</strong> Guerra, sob<br />

influência <strong>do</strong> governo <strong><strong>do</strong>s</strong> EUA, segun<strong>do</strong> a qual, a <strong>de</strong>fesa da pátria<br />

Revista da EMERJ, v. 11, nº 42, 2008<br />

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