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Da Extinção dos Contratos - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

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genitor propõe ação <strong>de</strong> busca e apreensão da filha na comarca on<strong>de</strong><br />

resi<strong>de</strong> e exerce a guarda. A Seção reiterou entendimento no senti<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> que, em se tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> menor, compete ao juízo <strong>do</strong> <strong>do</strong>micílio <strong>de</strong><br />

quem já exerce a guarda a solução da <strong>de</strong>manda, segun<strong>do</strong> o disposto<br />

no art. 147, I, <strong>do</strong> ECA. No caso, haven<strong>do</strong> objeto comum entre as duas<br />

li<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vem ser as ações reunidas e julgadas pelo juízo suscita<strong>do</strong>, o<br />

qual, além <strong>de</strong> prevento, localiza-se on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> o genitor que <strong>de</strong>tém<br />

a guarda”, <strong>de</strong>stacou o Ministro Fernan<strong>do</strong> Gonçalves. 16<br />

A regra <strong>do</strong> inciso I <strong>do</strong> art. 147-ECA guarda coerência com o §<br />

7º <strong>do</strong> art. 7º da Lei <strong>de</strong> Introdução ao Código Civil ao estabelecer que:<br />

“salvo o caso <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>no, o <strong>do</strong>micílio <strong>do</strong> chefe <strong>de</strong> família esten<strong>de</strong>-se<br />

ao outro cônjuge e aos filhos não emancipa<strong><strong>do</strong>s</strong>, e o <strong>do</strong> tutor ou cura<strong>do</strong>r<br />

aos incapazes sob sua guarda. Se os pais estão apenas ausentes mas<br />

tinham <strong>do</strong>micílio certo, neste se fixará o juízo competente. 17<br />

Não estan<strong>do</strong> a criança ou a<strong>do</strong>lescente na companhia <strong><strong>do</strong>s</strong> pais<br />

ou responsável, mais uma vez nos reportamos à Lei <strong>de</strong> Introdução<br />

<strong>do</strong> Código Civil ao <strong>de</strong>terminar no § 8º da art. 7º que “quan<strong>do</strong> a pessoa<br />

não tiver <strong>do</strong>micílio, consi<strong>de</strong>rar-se-á <strong>do</strong>miciliada no lugar da sua<br />

residência ou naquele em que se encontre”. Também o art. 73-CC<br />

consi<strong>de</strong>ra que na falta da residência habitual o <strong>do</strong>micílio da pessoa<br />

natural é o <strong>do</strong> lugar em que for encontrada. A lei processual corrobora<br />

tal entendimento ao afirmar no § 2º <strong>do</strong> art. 94-CPC que “sen<strong>do</strong><br />

incerto e <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong> o en<strong>de</strong>reço <strong>do</strong> réu ele será <strong>de</strong>manda<strong>do</strong> on<strong>de</strong><br />

for encontra<strong>do</strong>”.<br />

À falta <strong><strong>do</strong>s</strong> pais ou responsável, o inciso II <strong>do</strong> art. 147- ECA <strong>de</strong>termina<br />

que a competência seja <strong>do</strong> “lugar on<strong>de</strong> se encontre a criança<br />

ou a<strong>do</strong>lescente”. Há que se investigar o que preten<strong>de</strong>u o legisla<strong>do</strong>r<br />

estatutário ao fixar tal condição para i<strong>de</strong>ntificar a competência territorial.<br />

Atibaia em que é agravante Promotor <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong> da Vara e da Juventu<strong>de</strong> da Comarca <strong>de</strong> Atibaia, sen<strong>do</strong> agrava<strong>do</strong><br />

o Juízo da Vara da Infância e da Juventu<strong>de</strong> da Comarca <strong>de</strong> Atibaia e interessa<strong><strong>do</strong>s</strong> o menor D.R.F.D.S. e<br />

outros, julga<strong>do</strong> 9 novembro <strong>de</strong> 1995, ten<strong>do</strong> como Relator Des. NEY ALMADA.”<br />

16 Ressaltou o Relator que, em <strong>de</strong>cisão recente (CC 72.871-MS, DJ 1º/8/2007), a Segunda Seção <strong>de</strong>ste Superior<br />

<strong>Tribunal</strong> enten<strong>de</strong>u que a regra <strong>de</strong> competência insculpida no art. 147, I, <strong>do</strong> ECA, que visa proteger o interesse<br />

da criança, é absoluta, ou seja, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>clarada <strong>de</strong> ofício, sen<strong>do</strong> inadmissível sua prorrogação. Prece<strong>de</strong>ntes<br />

cita<strong><strong>do</strong>s</strong>: CC 53.517-DF, DJ 22/3/2006; CC 62.027-PR, DJ 9/10/2006; CC 54.084-PR, DJ 6/11/2006, e CC<br />

43.322-MG, DJ 9/5/2005. CC- 78806 (2007/0001611-7-05/03/2008 julga<strong>do</strong> em 27 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2008).<br />

17 Antônio Fernan<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amaral e Silva In Estatuto da Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente comenta<strong>do</strong> (coord. Munir<br />

Cury). São Paulo: Malheiros, 2005, p. 490.<br />

Revista da EMERJ, v. 11, nº 42, 2008<br />

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