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Da Extinção dos Contratos - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

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sobretu<strong>do</strong>, a ênfase na análise da função <strong>de</strong> sua inserção no Direito<br />

como um to<strong>do</strong> 45 .<br />

A funcionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um ramo <strong>do</strong> Direito opera com esteio<br />

em princípios próprios 46 e na sua articulação com os princípios<br />

oriun<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> outros ramos. Sem embargo, o Direito da Informática<br />

se apresenta como uma compilação <strong>de</strong> intersecções entre a Informática<br />

e o Direito, integradas segun<strong>do</strong> princípios intrínsecos, que<br />

também fazem as vezes <strong>de</strong> fios condutores perante outros ramos <strong>do</strong><br />

Direito, como princípios extrínsecos a estes últimos, <strong>do</strong> que resulta<br />

a integração sistêmica, cada vez mais reclamada pela Socieda<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Conhecimento 47 .<br />

Alguns <strong>de</strong> tais princípios intrínsecos ao Direito da Informática<br />

(e que, no entanto, promovem atuação conjugada com outros ramos<br />

<strong>do</strong> Direito) se encontram formalmente enuncia<strong><strong>do</strong>s</strong>, como é o caso<br />

<strong>do</strong> chama<strong>do</strong> princípio da equivalência funcional 48 , segun<strong>do</strong> o qual<br />

não se <strong>de</strong>vem introduzir restrições ao mun<strong>do</strong> on-line que inexistam<br />

no mun<strong>do</strong> off-line 49 . A aplicação apropriada <strong>de</strong>ste princípio leva a<br />

importantes conseqüências, tais como o reconhecimento <strong>do</strong> caráter<br />

45 Segun<strong>do</strong> Eros Grau, “Po<strong>de</strong>mos concebê-lo – o Direito Econômico – tanto como méto<strong>do</strong> como quanto<br />

ramo <strong>do</strong> Direito” (...) “É concebê-lo – o Direito Econômico – como um novo méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> análise, substancial<br />

e crítica, que o transforma não em Direito <strong>de</strong> Síntese, mas em sincretismo meto<strong>do</strong>lógico. Tu<strong>do</strong> isso, contu<strong>do</strong>,<br />

sem que se perca <strong>de</strong> vista o comprometimento econômico <strong>do</strong> Direito, o que impõe o estu<strong>do</strong> da sua utilida<strong>de</strong><br />

funcional” (...) “O que o peculiariza (o Direito Econômico) como ramo <strong>do</strong> Direito é, portanto, a sua <strong>de</strong>stinação<br />

à instrumentalização, mediante or<strong>de</strong>nação jurídica, da política econômica <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>”. (A or<strong>de</strong>m econômica<br />

na Constituição <strong>de</strong> 1988, 4ª ed., Malheiros, São Paulo, 1997, p.160-163).<br />

46 “Sabemos das dificulda<strong>de</strong>s que se suscitam a propósito da <strong>de</strong>limitação <strong><strong>do</strong>s</strong> ramos <strong>do</strong> direito uns em relação<br />

aos outros. Apresenta-se normalmente como critério para a individualização <strong><strong>do</strong>s</strong> ramos <strong>do</strong> direito a existência<br />

<strong>de</strong> princípios próprios e autônomos <strong>de</strong> cada ramo.” (Ascensão, José <strong>de</strong> Oliveira. Direito <strong>de</strong> Autor e Direitos<br />

Conexos, Coimbra Editora, 1992, p. 28).<br />

47 “En efecto, la informática no sólo provee <strong>de</strong> ciertos medios materiales, <strong>de</strong> ciertos utensilios <strong>de</strong> trabajo, que son<br />

comunes ya a cualquier científico o técnico cualquiera que sea el campo <strong>de</strong>l que proceda, sino que suministra<br />

también una serie <strong>de</strong> conceptos (…) y <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> razonamiento <strong>de</strong> uso común. En consecuencia, permite<br />

la comunicación, o al menos un comienzo <strong>de</strong> comunicación, <strong>do</strong>n<strong>de</strong> antes sólo había ignorancia recíproca,<br />

silencio. Seguramente no sea mucho, pero al menos es algo. Algo que los juristas no <strong>de</strong>berían <strong>de</strong>saprovechar<br />

si no <strong>de</strong>sean resultar <strong>de</strong>finitivamente <strong>de</strong>splaza<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> la cultura contemporánea. Y una manera <strong>de</strong> marginarse<br />

consiste en pensar – lo que no es infrecuente – que la informática sólo inci<strong>de</strong> en el Derecho – o, mejor, en la<br />

cultura jurídica – en forma externa, suministran<strong>do</strong> una nueva rama <strong>de</strong>l Derecho positivo y <strong>de</strong> la <strong>do</strong>gmática<br />

jurídica, pero sin que llegue (o <strong>de</strong>ba llegar) a formar parte propiamente <strong>de</strong>l bagaje cultural <strong>de</strong>l jurista; éste<br />

renuncia, en consecuencia, a colaborar con los informáticos (a los que, obviamente, no pue<strong>de</strong> substituir) en<br />

la tarea <strong>de</strong> aplicar los or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res a las diversas instancias <strong>de</strong> la vida jurídica. Sólo resta añadir que con ello<br />

no va a ganar tampoco el proceso <strong>de</strong> racionalización <strong>de</strong>l Derecho”. (Atienza, “Enseñanza (…), p. 245).<br />

48 Também <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> princípio da não discriminação <strong>do</strong> meio digital (apud Lorenzetti, Ricar<strong>do</strong>. Comércio<br />

Eletrônico, Ed. Revista <strong><strong>do</strong>s</strong> Tribunais, São Paulo, 2004, p. 86).<br />

49 Tal princípio objetiva <strong>de</strong>ixar a Informática a salvo da sanha daqueles que vêem no mun<strong>do</strong> “virtual” uma<br />

realida<strong>de</strong> muito diferente da que vivenciam no mun<strong>do</strong> “analógico”.<br />

290 Revista da EMERJ, v. 11, nº 42, 2008

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