11.06.2013 Views

Da Extinção dos Contratos - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

Da Extinção dos Contratos - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

Da Extinção dos Contratos - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

o projeto <strong>de</strong> Constituição. No plenário da assembléia constituinte<br />

o projeto foi emenda<strong>do</strong>, <strong>de</strong>bati<strong>do</strong>, vota<strong>do</strong> e promulga<strong>do</strong>. Coerente<br />

com o seu passa<strong>do</strong> <strong>de</strong> árbitro <strong><strong>do</strong>s</strong> antagonismos internos, Vargas se<br />

recusou a assinar a nova Constituição. Motivo explícito da recusa: a<br />

assembléia rejeitara a representação profissional. Motivo implícito<br />

da recusa: o constrangimento <strong>de</strong> assinar uma Constituição <strong>de</strong>mocrática,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>do</strong> seu governo autocrático (1937-1945).<br />

II. PERÍODO DEMOCRÁTICO<br />

1. Constituição <strong>de</strong> 1946<br />

A Mesa da Assembléia Nacional Constituinte promulgou a<br />

Constituição <strong><strong>do</strong>s</strong> Esta<strong><strong>do</strong>s</strong> Uni<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> Brasil (18/09/1946), que resultou<br />

<strong>de</strong> um compromisso entre as forças progressistas e as conserva<strong>do</strong>ras,<br />

ensejan<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo social-<strong>de</strong>mocrático <strong>de</strong> governo, na esteira da<br />

brasileira <strong>de</strong> 1934, da alemã <strong>de</strong> 1919 e da mexicana <strong>de</strong> 1917. Foram<br />

a<strong>do</strong>ta<strong><strong>do</strong>s</strong>, sob influência da Constituição <strong><strong>do</strong>s</strong> EUA (1717): (i) forma<br />

republicana fe<strong>de</strong>rativa <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> (ii) separação <strong><strong>do</strong>s</strong> po<strong>de</strong>res (iii) sistema<br />

<strong>de</strong> governo <strong>de</strong>mocrático, representativo e presi<strong>de</strong>ncialista. Em 17<br />

anos, a Constituição havia recebi<strong>do</strong> 6 emendas (1946-1963); <strong>de</strong>pois,<br />

em apenas 2 anos recebeu 15 emendas, 4 atos institucionais e 30 atos<br />

complementares (1964-1966). Havia uma separação flexível entre os<br />

po<strong>de</strong>res constituí<strong><strong>do</strong>s</strong>. Os ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, cujo cargo era compatível<br />

com o <strong>de</strong> parlamentar, podiam comparecer ao Congresso Nacional<br />

para tratar <strong>de</strong> assuntos atinentes às suas pastas. Cuidava-se <strong>de</strong> técnica<br />

parlamentarista no presi<strong>de</strong>ncialismo brasileiro, sob influência da<br />

Constituição francesa <strong>de</strong> 1848. <strong>Da</strong> cidadania ativa, foram excluí<strong><strong>do</strong>s</strong> os<br />

menores <strong>de</strong> 18 anos, os solda<strong><strong>do</strong>s</strong>, cabos e sargentos, os analfabetos,<br />

os que não soubessem exprimir-se na língua nacional e os que estivessem<br />

priva<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> direitos políticos. A Constituição silenciou sobre os<br />

mendigos. O sufrágio era universal. O voto, masculino e feminino, era<br />

direto, secreto e obrigatório. Integravam o Po<strong>de</strong>r Judiciário da União:<br />

Supremo <strong>Tribunal</strong> Fe<strong>de</strong>ral, <strong>Tribunal</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Recursos, Juízes e Tribunais<br />

militares, eleitorais e <strong>do</strong> trabalho. A <strong>Justiça</strong> Fe<strong>de</strong>ral foi criada<br />

pelo AI 12/65. A <strong>Justiça</strong> Estadual vinha disciplinada em título próprio,<br />

o que atendia ao princípio fe<strong>de</strong>rativo (autonomia constitucional <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

Esta<strong><strong>do</strong>s</strong> fe<strong>de</strong>ra<strong><strong>do</strong>s</strong>). O legisla<strong>do</strong>r constituinte conce<strong>de</strong>u aos magistra<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

Revista da EMERJ, v. 11, nº 42, 2008<br />

109

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!