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Da Extinção dos Contratos - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

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os estudantes foram espanca<strong><strong>do</strong>s</strong>. A Câmara <strong><strong>do</strong>s</strong> Deputa<strong><strong>do</strong>s</strong> protestou.<br />

Discurso ali proferi<strong>do</strong> foi consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> ofensivo às forças armadas. A<br />

Casa negou autorização para que o <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> ofensor fosse processa<strong>do</strong><br />

judicialmente. Em São Paulo, estudantes <strong>do</strong> Mackenzie (governistas)<br />

travaram batalha contra estudantes da USP (oposicionistas) na rua<br />

Maria Antônia; houve barricadas, tiros, bombas, rojões e coquetéis<br />

molotov (outubro/68). O governo fe<strong>de</strong>ral proibiu manifestações políticas<br />

no território nacional, limitou o direito <strong>de</strong> reunião e a liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> comunicação e expressão, submeteu à censura músicas, peças <strong>de</strong><br />

teatro, filmes, programas <strong>de</strong> rádio e televisão, livros, jornais e revistas,<br />

reprimiu o congresso da UNE em Ibiúna/SP e pren<strong>de</strong>u centenas <strong>de</strong><br />

estudantes (outubro/68). Culminou com o AI-5 (<strong>de</strong>zembro/68).<br />

Carlos Lacerda buscara o apoio <strong>de</strong> Juscelino Kubitschek e <strong>de</strong><br />

João Goulart para organizar o movimento <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> Frente Ampla<br />

integra<strong>do</strong> por políticos, estudantes e trabalha<strong>do</strong>res, com o fim <strong>de</strong><br />

re<strong>de</strong>mocratizar o país. Por <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> Ministro da <strong>Justiça</strong>, esse movimento<br />

foi coloca<strong>do</strong> na clan<strong>de</strong>stinida<strong>de</strong>. Grupos arma<strong><strong>do</strong>s</strong> promoveram<br />

guerrilha urbana, assaltaram bancos, seqüestraram pessoas para trocar<br />

por presos políticos. O ex-<strong>de</strong>puta<strong>do</strong> Carlos Marighella comandava a<br />

Aliança Liberta<strong>do</strong>ra Nacional – ALN; o ex-capitão <strong>do</strong> Exército, Carlos<br />

Lamarca, comandava a Vanguarda Popular Revolucionária – VPR. Em<br />

troca <strong>do</strong> embaixa<strong>do</strong>r <strong><strong>do</strong>s</strong> EUA ,seqüestra<strong>do</strong> pela ALN coadjuvada pelo<br />

Movimento Revolucionário 8 <strong>de</strong> Outubro – MR8 (setembro/1969),<br />

foram liberta<strong><strong>do</strong>s</strong> 15 prisioneiros políticos e publica<strong>do</strong> um manifesto.<br />

A reação <strong>do</strong> governo foi imediata. Em São Paulo, Marighella foi<br />

embosca<strong>do</strong> e morto (novembro/1969). No Vale <strong>do</strong> Ribeira, no sul <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, forças <strong>do</strong> Exército e da Polícia Militar cercaram e<br />

atacaram guerrilheiros da VPR, no campo <strong>de</strong> treinamento ali instala<strong>do</strong><br />

(maio/1970). Alguns escaparam, inclusive Lamarca, que retornou a São<br />

Paulo e <strong>de</strong> lá foi para o interior da Bahia como integrante <strong>do</strong> MR8,<br />

ocasião em que foi morto pelo Exército (setembro/1971). As Forças<br />

Guerrilheiras <strong>do</strong> Araguaia, localizadas no sul <strong>do</strong> Pará, organizadas pelo<br />

Parti<strong>do</strong> Comunista <strong>do</strong> Brasil, com efetivo inferior a duas centenas <strong>de</strong><br />

pessoas, enfrentaram milhares <strong>de</strong> solda<strong><strong>do</strong>s</strong> até serem vencidas (1972-<br />

1974). As mortes <strong>do</strong> jornalista Wladimir Herzog (1975) e <strong>do</strong> metalúrgico<br />

Manoel Fiel Filho (1976), nas <strong>de</strong>pendências <strong>do</strong> Departamento<br />

126 Revista da EMERJ, v. 11, nº 42, 2008

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