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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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– Em “Preencher à máquina”, na linha vertical na margem esquerda do formulário, o emprego do sinal indicativo de<br />

crase é opcional.<br />

Comentário: A questão foi anulada! Logo, se foi anulada e, portanto, o emprego do sinal<br />

indicativo de crase não é opcional, inferimos que a crase é obrigatória em à máquina! Pelo<br />

menos <strong>para</strong> o Cespe/UnB.<br />

Corroborando isso, os manuais de redação, como o Manual de Redação da Câmara dos<br />

Deputados, o Manual de Redação e Estilo de O Estado de São Paulo, o Manual de<br />

Redação da PUC/RS e muitos importantíssimos gramáticos brasileiros, como Evanildo<br />

Bechara, Rocha Lima, Said Ali, ensinam (seja por razões de clareza, seja pela tradição<br />

linguística) que há crase nas locuções que indicam meio ou instrumento. Outros estudiosos<br />

dirão que não há crase porque nesse caso não se pode usar a regra prática de substituir a por<br />

ao, o que provaria a presença do artigo antes da locução, incorrendo em crase. É isso... em<br />

vez de facilitarem nossa vida, atrapalham. Cuidado com as provas da vida!<br />

3) Pensou que a polêmica havia acabado? Bem-vindo à “língua portuguesa”! Apesar de<br />

alguns gramáticos discordarem, está estabelecida na tradição gramatical que a locução<br />

adjetiva a distância não recebe acento indicativo de crase. E é assim que vem caindo em<br />

prova de concurso. Por exemplo: Fiz um curso à distância (errado). Fiz um curso a<br />

distância (certo).<br />

Se a locução vier especificada, aí, sim, ocorre acento indicativo de crase: Fiz um curso à<br />

distância de cem metros da minha casa. / Aqui você tem todos os canais à distância de um<br />

clique.<br />

Uma prova de que a visão tradicional prevalece – ou seja, só há acento grave na locução se<br />

vier especificada – está aqui: INSTITUTO CIDADES – TCM/GO – AUDITOR DE<br />

CONTROLE EXTERNO – 2012 / FJG – SME/RJ – PROFESSOR – 2003 / FJPF – CREA –<br />

ASSISTENTE – 2005 / FIP – CÂMARA/SJC – PROGRAMADOR/Analista de Sistemas –<br />

2009.<br />

3) “Ah! Agora acabaram as polêmicas, não é, Pest?” Escuta esta agora. Alguns gramáticos,<br />

como Napoleão M. de Almeida, dizem que a locução à vista não vem craseada. Mas...<br />

consagrado pelo uso, o acento grave é sempre usado nessa expressão – quando não<br />

indicar a “córnea”, o “olho”: Machucou a vista jogando bola. O gramático Cegalla<br />

corrobora isso, dizendo que as locuções à vista e à vista de são sempre craseadas. E<br />

mais uma prova disso está aqui: FCC – TRF (3 a R) – Analista Judiciário – 2007 –<br />

QUESTÃO 12 – OPÇÃO C.<br />

4) A expressão à domicílio, muito craseada nos panfletos e fachadas da vida, não pode levar<br />

acento grave, pois o núcleo (domicílio) é masculino.<br />

5) Cuidado com a expressão as vezes de (que significa “desempenhar as funções que são da<br />

competência de outro” ou “ser usada <strong>para</strong> o mesmo fim que outro”) em frases do tipo “O

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