25.04.2017 Views

A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Funções Sintáticas dos Pronomes Pessoais Oblíquos Átonos<br />

Bastante atenção que a <strong>para</strong>da é séria, hein! Vejamos um por um!<br />

Me<br />

– Eu me amo, por isso não posso viver sem mim... (objeto direto)<br />

– Lascaram-me um beijo daqueles! (objeto indireto)<br />

– Meu computador sempre me foi útil. (complemento nominal)<br />

– Roubaram-me o carro. (adjunto adnominal)<br />

– Deixe-me entrar na casa, por favor. (sujeito)<br />

– Não me venha com desculpas. (partícula expletiva; não tem função sintática, mas estilística)<br />

Cuidado!!!<br />

1) Sobre o terceiro exemplo, vale a pena dizer que Claudio Cezar Henriques, Ulisses Infante<br />

& Pasquale Cipro Neto, Faraco & Moura, Celso Pedro Luft dizem que os pronomes<br />

oblíquos átonos (exceto o, a, os, as) podem exercer função sintática de complemento<br />

nominal (Ele sempre foi útil a mim.). Sacconi diz que são objetos indiretos por<br />

extensão. Veja uma questão sobre isso, com o pronome lhe (vale <strong>para</strong> os pronomes<br />

oblíquos átonos me, te, se, nos, vos) exercendo função de complemento nominal:<br />

Consulte isto: CESPE/UnB – TRE/MT – ANALISTA – 2013 – QUESTÃO 1<br />

30. (FAB – EEAR – Sargento – 2002) Assinale a alternativa cujo termo destacado classifica-se como complemento nominal.<br />

a) Arrancaram-lhe as roupas. (= Arrancaram as suas roupas. / adjunto adnominal)<br />

b) Ela nunca lhe desobedece. (= Ela nunca desobedece a ele. / objeto indireto)<br />

c) A sentença foi-lhe favorável. (= A sentença foi favorável a ele. / complemento nominal)<br />

d) Júlio devolveu-lhe o livro emprestado. (= Júlio devolveu a ele o livro emprestado./ objeto indireto)<br />

2) Sobre o quarto exemplo, “Roubaram-me o carro.” equivale a “Roubaram o meu carro.”, o<br />

pronome oblíquo tem valor possessivo, logo muitos mestres (Ulisses Infante, Pasquale<br />

Cipro Neto, Alfredo Gomes, Claudio Cezar Henriques, Hildebrando André, José<br />

Oiticica, João D. Maia, Leila L. Sarmento) analisam-no como adjunto adnominal; já<br />

outros (Celso Cunha, Evanildo Bechara, Said Ali, Adriano G. Kury, Napoleão M. de<br />

Almeida, Gladstone Chaves de Melo, Vilela & Koch) analisam-no como objeto indireto<br />

com valor possessivo. Bechara também o chama de dativo de posse. Sem querer<br />

polemizar, nas provas de concurso público, fique com a primeira opinião (adjunto<br />

adnominal), pois é assim que vem caindo. Isso também vale <strong>para</strong> os pronomes oblíquos<br />

átonos te, se, nos, voz, lhe(s).<br />

3) Apesar de entrarmos em um assunto polêmico a partir de agora, ainda assim sugiro<br />

que leia (com calma) o que segue.<br />

Sobre o quinto exemplo (Deixe-me entrar na casa, por favor.), saiba que a construção<br />

formada por verbos causativos mandar, deixar, fazer, permitir (e sinônimos) ou sensitivos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!