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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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de fato aspirava era simples, direta, e não uma coleção de figuras retóricas.” Quem aspira,<br />

aspira A algo (no sentido de almejar).<br />

19 – C. Observe com calma: “As hipóteses aventadas, em que se baseiam os especialistas,<br />

devem ainda ser comprovadas por exames acurados.”. Quem se baseia se baseia em algo. Aí<br />

está. Simples assim. Faça esse teste nas outras alternativas e constatará que não se exige a<br />

preposição em.<br />

20 – C. Sobre a letra C, o verbo definir é transitivo direto, exige complemento não<br />

preposicionado (objeto direto). Como já sabemos, o lhe substitui termos preposicionados<br />

(objeto indireto), logo a substituição está inadequada. Deveria ser “definiu-o”, pois -o, -a, -<br />

os, -as (e variações: -lo, -la, -los, -las, -no, -na, -nos, -nas) exercem função de objeto direto,<br />

substituindo complementos não preposicionados.<br />

21 – E. Na letra E, o lhe foi usado <strong>para</strong> substituir um complemento não preposicionado; isso é<br />

um erro, uma vez que tal pronome só substitui complemento preposicionado (a ele(a/s); <strong>para</strong><br />

ele(a/s)). Ok? Deveria ser: “Guimarães Rosa mantém-no ou Guimarães Rosa o mantém”.<br />

22 – C. A afirmação do tópico II está equivocada, pois o verbo que vem após o pronome<br />

relativo está no plural, logo o pronome relativo ‘que’ pode retomar tranquilamente o núcleo do<br />

termo preposicionado anterior. Agora, por uma questão de maior clareza, o uso do pronome<br />

relativo os quais realmente é melhor. Isso não significa que o uso do que implicaria<br />

ambiguidade ou erro. Veja: “A própria literatura consagra escritores no mercado<br />

internacional, os quais/que negociam seus direitos por intermédio de agentes...”.<br />

23 – D. Questão interessante. Na letra D, numa análise mais “moderna”, o adjetivo pesado<br />

exige um complemento preposicionado iniciado por a ou <strong>para</strong>, por isso o uso do lhe é<br />

aceitável. Lembra que o lhe pode ser substituído por “a/<strong>para</strong> ele”? É isso aí. “O jarro era por<br />

demais pesado <strong>para</strong> ele = o jarro lhe era por demais pesado”. Eu disse que a questão é<br />

interessante, pois a maioria dos gramáticos dizem que o lhe só pode exercer função sintática<br />

de objeto indireto em detrimento de outros estudiosos da língua, como Claudio Cezar<br />

Henriques, Ulisses Infante, Faraco & Moura, Celso Pedro Luft e mais uns pingados. Estes<br />

dizem que o lhe pode exercer função sintática de complemento nominal, que também é um<br />

termo preposicionado. Os gramáticos tradicionais vão dizer que, mesmo com o verbo ser<br />

(verbo de ligação), o lhe tem função de objeto indireto; é mole? Fique esperto!<br />

24 – E. a) “A obsolescência e o anacronismo, atributos com os quais os americanos<br />

manifestam todo seu desprezo, passaram a se enfeixar com a expressão dez de setembro.” (Os<br />

americanos manifestam todo seu desprezo com estes atributos: obsolescência e anacronismo.)<br />

O uso do pronome relativo os quais está correto, pois ele retoma atributos (masculino plural).

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