25.04.2017 Views

A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

– Sem que estudasse, passou. (concessão)<br />

– Sem que estude, dificilmente passará. (condição)<br />

– Não sai sem que leve um casaco. (consequência)<br />

No entanto, segundo Sacconi, “orações iniciadas por sem que se classificam melhor entre as<br />

concessivas ou entre as condicionais. (...)”. Essa é a visão oficial, e não pretendemos dela<br />

nos afastar. No dito pelo não dito, levemos as duas verdades <strong>para</strong> a prova. Falando em<br />

prova... veja duas questões sobre sem que nas provas: CEPERJ – PREF. DE ANGRA DOS<br />

REIS/RJ – PROFESSOR – 2008 e Cespe/UnB – TJ/ES – Cargos de nível superior – 2011.<br />

Encontrei outra questão que aborda todos os casos, mas é antiguinha (não reclama!)...<br />

16. (FAB – EEAR – Sargento – 2000) Assinalar a alternativa em que a conjunção estabelece a mesma relação que se<br />

verifica em “Bandeira livre e bandeira oficial foram comuns, posto que em graus diversos, a todo o Brasil.”.<br />

a) Fez tudo direito sem que eu lhe ensinasse. (Gabarito!)<br />

b) Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo.<br />

c) Não podem ver um brinquedo sem que o queiram comprar.<br />

d) Sairás sem que te vejam.<br />

Comentário: A: Fez tudo direito embora/posto que eu não lhe ensinasse. (concessão) / B:<br />

Não sairás daqui se não me confessares tudo antes. (condição) / Não podem ver um<br />

brinquedo de modo que não o queiram comprar. (consequência) / Sairás sem que te vejam.<br />

(modo)<br />

2) Sobre a conjunção condicional se, Bechara e Maria H. de M. Neves dizem que pode<br />

apresentar sentidos subjacentes à condição, quais sejam: causa (com verbo no<br />

indicativo), concessão, tempo e factualidade; por exemplo:<br />

– Se os homens são por natureza imperfeitos, as sociedades humanas não podem ser<br />

perfeitas. (= já que; causa)<br />

– Se você tem disposição, porque não corre a maratona? (= já que; causa)<br />

–“Se o via derrubado, rosto no pó, nem por isso o respeitava menos.” (Ondina<br />

Ferreira) (= embora; concessão)<br />

– A pele, se for bem clara, escurece muito debaixo deste sol. (= embora; concessão)<br />

– Se Maria vem aqui em casa, todos se alegram. (= quando; tempo)<br />

– Se fala, irrita a todos; se não fala, idem. (= quando; tempo)<br />

– Se eu não gosto de “funk”, é porque há muita agressão verbal à mulher. (= Se é um<br />

fato que eu não gosto de funk, eu não gosto porque há muita agressão verbal a<br />

mulher; factualidade)<br />

Já outros gramáticos, como Cegalla e Sacconi, são mais “radicais” ao dizerem que o se é<br />

uma conjunção causal ou concessiva. O Sacconi vai além dos valores do se, mas não nos<br />

cabe aqui dizer tudo o que é verdade <strong>para</strong> tal gramático. O fato é que o se já foi considerado<br />

conjunção causal em questão de prova (EsPCEx – OFICIAL DO EXÉRCITO – 2010 –<br />

QUESTÃO 24) e concessiva (Cespe/UnB – TST – Analista Judiciário – 2008 – QUESTÃO

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!