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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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– último recurso: expressão substantiva de valor catafórico, pois antecipa o que será dito,<br />

referindo-se a algo posterior.<br />

– Por isso: locução conjuntiva que introduz um período o qual retoma a ideia do período<br />

anterior, estabelecendo uma relação de conclusão.<br />

– que: pronome relativo retomando, por sua natureza anafórica, “o amor, o afeto ou a ternura”.<br />

– pois: conjunção que introduz uma oração coordenada à outra, estabelecendo uma relação de<br />

explicação.<br />

– ou: conjunção que introduz uma oração coordenada à outra, estabelecendo uma relação de<br />

disjunção, exclusão; note a elipse do verbo na oração anterior (... ou não nasce...).<br />

– mas: conjunção que introduz uma oração coordenada à outra, estabelecendo uma relação de<br />

oposição; note a elipse do verbo na oração anterior (... mas nunca nasce...)<br />

– Às vezes: locução adverbial que situa um fato vago no tempo e introduz um argumento que se<br />

contrapõe ao seguinte.<br />

– outras vezes: locução adverbial que situa um fato vago no tempo e introduz um argumento<br />

que se contrapõe ao anterior.<br />

– quem: pronome interrogativo/indefinido de valor dêitico, pois refere-se a algo fora do texto.<br />

– Assim: conjunção que introduz um período que estabelece uma relação de conclusão<br />

(desfecho) com tudo o que se disse antes no texto.<br />

– <strong>para</strong>: preposição que introduz uma oração subordinada a outra, estabelecendo uma relação<br />

de finalidade.<br />

– um: numeral de valor catafórico, pois antecipa o que será dito, referindo-se a algo<br />

posterior.<br />

– o: pronome demonstrativo de valor anafórico, pois retoma o substantivo caminho.<br />

Eu acho que você está começando a se dar conta de que um texto é muito mais do que uma<br />

porção de frases, certo? Querendo ou não, se você entendeu o texto da Clarice, é porque<br />

percebeu, mesmo que intuitivamente, os elementos coesivos e suas funções textuais.<br />

Muitos me perguntam: “<strong>Pestana</strong>, afinal, qual é a diferença entre coesão e coerência?” A<br />

resposta é muito simples, e o melhor a responder isso é o mestre Bechara (com uma leve<br />

contribuição minha):<br />

Coerência é a relação semântica que se estabelece entre as diversas partes do texto,<br />

criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, à possibilidade de<br />

interpretação daquilo que se ouve ou lê. Enquanto a coesão está <strong>para</strong> os elementos<br />

conectores de ideias no texto, a coerência está <strong>para</strong> a harmonia interna do texto, o sentido.<br />

Muitos professores, infelizmente, ainda ensinam que só há coerência se houver coesão. Não<br />

obstante, vejamos:

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