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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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determinante.)<br />

– Estudo muito, porém não gosto, porque cansa. (Conjunções) / Só tenho um porém a dizer;<br />

deixe o porquê <strong>para</strong> depois. (Substantivo. O numeral um e o artigo o atuam como<br />

determinantes.)<br />

– Ai! Se eu te pego! (Interjeição) / Nunca se ouviu sequer um ai naquela casa. (Substantivo.<br />

O numeral um atua como determinante.)<br />

– O rapaz só abre a boca <strong>para</strong> falar isto: “Fala sério!” (Frase verbal) / É um fala sério<br />

<strong>para</strong> cá, um fala sério <strong>para</strong> lá... Que chatice! (Locução substantiva. O artigo indefinido<br />

um atua como determinante, transformando a frase verbal em uma locução substantiva.)<br />

– Estamos chegando, falta pouco. (Frase verbal) / Estamos chegando, do verbo falta pouco.<br />

(Locução substantiva, só que dessa vez não há artigo substantivando a frase; a própria frase<br />

tem valor de substantivo porque nomeia, especificando, o substantivo anterior verbo; <strong>para</strong><br />

quem se lembra disto, trata-se de um aposto especificativo.)<br />

Resumo da ópera: as palavras substantivadas variam normalmente, como um substantivo.<br />

Por exemplo: “Aqui não há senões nem talvezes, meu amigo!”.<br />

Cuidado!!!<br />

Só leia isto se você quiser saber mais sobre a língua portuguesa, pois isso não cai em<br />

concurso público.<br />

Celso Cunha, Bechara e outros grandes nomes nos ensinam o seguinte: um substantivo ou um<br />

adjetivo pode ser usado <strong>para</strong> caracterizar de maneira expressiva outro substantivo que vem<br />

depois da preposição “de”. Entenda! Observe estas frases:<br />

– O raio do garoto só fala bobagens.<br />

– O bobo do palhaço fez todos rirem.<br />

– A idiota da mulher fez um escândalo no banco.<br />

– A pobre da menina está carente.<br />

O substantivo ou o adjetivo substantivado antes da preposição “de” das estruturas formadas<br />

por artigo + substantivo/adjetivo substantivado + preposição de enfatizam o substantivo<br />

que vem a seguir. Logo, em “O raio do garoto”, “O bobo do palhaço”, “A idiota da mulher”,<br />

“A pobre da menina”, as estruturas “o raio (de)”, “o bobo (de)”, “a idiota (de)”, “a pobre<br />

(de)” são expressões que realçam, respectivamente, os substantivos “garoto, palhaço, mulher<br />

e menina”. Essas construções são carregadas de expressividade!<br />

Nas últimas três frases, a preposição “de” é expletiva, ou seja, serve <strong>para</strong> realçar, enfatizar<br />

a expressão, podendo, assim, ser descartada. Com as devidas alterações, as frases podem<br />

ser reconstruídas, com o mesmo sentido, assim: “O bobo palhaço fez todos rirem / A mulher<br />

idiota fez um escândalo no banco / A pobre menina está carente”.

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