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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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Afixos<br />

Os afixos são morfemas derivacionais ligados ao radical e capazes de modificar o seu<br />

significado, formando palavras novas. Existem dois tipos: os prefixos e os sufixos.<br />

O prefixo vem antes do radical <strong>para</strong> ampliar sua significação e formar nova palavra. É bom<br />

dizer também que o prefixo pode mudar de sentido e de forma (alomorfia), a depender do<br />

contexto.<br />

Veja este exemplo: des + graça = desgraça (normalmente o prefixo des- indica ideia<br />

contrária). Já na palavra descair, o prefixo des- indica movimento lento de cima <strong>para</strong> baixo<br />

(O Sol descaía no horizonte.). Na palavra despedaçar, o prefixo des- significa partir, quebrar,<br />

dividir; em desinfeliz e desinquieto, o des- indica ênfase, intensificação. Percebeu a mudança<br />

de sentido? Percebeu também que uma palavra pode ter mais de um prefixo (des/in/feliz,<br />

des/in/quieto)? Interessante, não?<br />

Agora veja alguns casos de alomorfia do prefixo des-: decompor, decair, distenso,<br />

dissimetria, difundir, difícil etc. Alguns gramáticos não encaram como alomorfia, mas prefixos<br />

diferentes. Isso, <strong>para</strong> nós, não importa no dia da prova, pois as bancas estão mais interessadas<br />

em saber se você consegue perceber o sentido de um morfema em relação a outros. Mais<br />

ainda: normalmente as provas desejam saber qual é o “processo de formação da palavra”.<br />

Para que isso ocorra, precisamos ter uma boa base em cima do assunto do qual estamos<br />

tratando, ok? Continue firme!<br />

“E o sufixo?” Bem... o sufixo vem depois do radical <strong>para</strong> ampliar seu sentido e formar nova<br />

palavra. Normalmente o sufixo modifica a classe gramatical da palavra primitiva – Buda<br />

(substantivo) > budista (adjetivo). Lembra-se da música Zé Meningite, do grupo de pagode<br />

Revelação? Então, relembre:<br />

Zé Meningite já teve bronquite, leptospirose,<br />

Cancro, sarampo, catapora,<br />

Varíola, caxumba e gastrite.<br />

Tétano e hepatite, febre amarela e conjuntivite,<br />

Derrame cerebral, coqueluche e celulite.<br />

Faringite, doenças de chagas e labirintite.<br />

(...)<br />

O sufixo -ite, além de formador de palavras relativas à mineralogia (grafite, linhite,<br />

estalactite...), hoje é muito usado <strong>para</strong> indicar uma doença ou inflamação de algo, como<br />

bronquite (brônquio + ite; inflamação dos brônquios). Neste caso, o sufixo apenas formou<br />

nova palavra, ampliando o sentido da palavra primitiva, mas não houve mudança de classe<br />

gramatical: brônquio (substantivo) + ite = bronquite (substantivo). Ficou claro?<br />

“Quantos prefixos e sufixos existem, Pest?” Vejamos agora.

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