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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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Orações Subordinadas Substantivas Objetivas Indiretas<br />

Funcionam como objeto indireto da oração principal, a qual apresenta um VTI ou um VTDI<br />

obrigatoriamente.<br />

– Não te informaram de que o concurso seria este mês? (Não te informaram de quê? Não<br />

me informaram disso.)<br />

– O professor insiste em que eu tenho de estudar mais.<br />

– Não resisti a que tu me ajudasses.<br />

– Anseio por que algumas pessoas estejam na Terra por um propósito.<br />

– Jamais se esqueça de que fui eu o mentor do projeto.<br />

– De tantas profissões, não se lembrava mais se exercia a profissão de médico.<br />

Cuidado!!!<br />

1) O verbo ansiar pode ser VTD, segundo Celso P. Luft e Francisco Fernandes. Sendo assim<br />

podemos analisar a oração (sem preposição por) como objetiva direta: “Anseio que<br />

algumas pessoas estejam na Terra por um propósito”. Sobre lembrar-se, seguido da<br />

conjunção integrante se, a preposição fica implícita.<br />

2) Segundo alguns estudiosos da língua, como Bechara, Cegalla, Sacconi, Claudio Cezar<br />

Henriques, Celso P. Luft, a preposição exigida pelo verbo da principal pode vir elíptica:<br />

“Ela não gosta (de) que a chamem de senhora.” / Esqueceu-se (de) que votaria no<br />

domingo. Corroborando isso, a banca da UERJ, em 2000, afirma que, quando o<br />

complemento de lembrar-se (o mesmo vale <strong>para</strong> esquecer-se) vem em forma de oração, a<br />

preposição de pode ficar implícita. Consulte a questão (e o gabarito) de número 4 acerca<br />

do texto “No meio do caminho”, de Drummond. Outra questão (mais recente) corrobora a<br />

elipse da preposição, não implicando incorreção gramatical. Veja: FCC – TRF (1 a R) –<br />

TÉCNICO Judiciário – 2011 – QUESTÃO 15 – OPÇÃO “B”.<br />

3) Segundo Claudio Cezar Henriques, “é um solecismo bastante comum empregar a<br />

preposição de em estruturas subordinadas sem preposição. Tal uso (chamado dequeísmo)<br />

caracteriza sério erro de regência: “É indispensável de que todos estejam informados<br />

dessa manobra.”. Sobre isso, veja uma questão:<br />

Cespe/UnB – MP – Analista DE INFRAESTRUTURA – 2012<br />

– Seria mantida a correção gramatical do período “É fato que os números absolutos impressionam.”, caso a preposição<br />

de fosse inserida imediatamente antes da conjunção “que”.<br />

( ) CERTO ( X ) ERRADO<br />

Comentário: Absolutamente nada (nem verbo, nem nome) exige a preposição de antes da<br />

subordinada substantiva subjetiva. Afinal, não existe oração preposicionada com função de<br />

sujeito. Eis o famigerado dequeísmo, tão comum na fala diária.

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