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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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– A menina não comprou o vestido, pois era muito caro.<br />

– Como estudamos/estudássemos dia e noite, alcançamos o êxito. (o verbo após o como<br />

causal pode ficar no indicativo ou, menos usualmente, no pretérito imperfeito do<br />

subjuntivo)<br />

– Preciso amar-te, pois que sem ti nada sou.<br />

– Dado que a metade da população vive na pobreza, precisamos ajudar.<br />

– Não participarei da aula, visto que não gosto deste professor.<br />

– Visto como não podia entrar na prefeitura, fez um protesto.<br />

– Já que lhe ficou proibida a participação, teve de se resignar.<br />

– Ele deixou de estudar uma vez que teve de começar a trabalhar.<br />

– Na medida em que não conseguiu resolver a prova, ficou bem nervoso.<br />

– Sendo que a classe política perde credibilidade a cada dia, aumenta a tendência do voto<br />

nulo nas eleições deste ano.<br />

Cuidado!!!<br />

1) Não confunda porque, que, porquanto e pois causais com explicativas. Sempre que vier<br />

um verbo no imperativo antes – não respire! –, tais conjunções serão sempre explicativas:<br />

“Vem, que eu te espero!” (explicativa). Falarei mais sobre elas em Orações<br />

Subordinadas Adverbiais Causais.<br />

2) Por causa que e por causa de que são coloquialismos. Evite!<br />

3) Não confunda o como causal com o aditivo, com<strong>para</strong>tivo e conformativo: Como fizesse<br />

frio, pus um casaco. (causa) / Tanto nado como pedalo. (adição) / Como age o pai, age<br />

o filho. (com<strong>para</strong>ção) / Como já dissemos, acalmem-se! (conformidade)<br />

4) Desde que (= uma vez que; causal) é ignorado por alguns estudiosos e abonado por<br />

outros: Desde que conseguimos entrar na Faculdade, precisamos agora conquistar<br />

nosso diploma. O fato é que tal construção não é nada usual atualmente.<br />

5) Segundo Bechara, “a construção ‘sendo que’ aparece repetida e condenada em<br />

consultórios gramaticais, dicionários de dúvidas de linguagem e manuais de redação,<br />

quando a sequência é usada como equivalente à conjunção aditiva ‘e’ ou à adversativa<br />

‘mas’ (...) Não conhecemos a fonte de onde se originou essa lição condenatória que não<br />

tem o respaldo de quem conhece profundamente a história que se reflete no uso de seus<br />

melhores escritores. No emprego de ‘sendo que’ não temos erro de língua, nem tampouco,<br />

uma sintaxe agramatical. Por questão pessoal de estilo ou por possível necessidade de<br />

clareza do contexto, pode-se substituir ‘sendo que’ pelas alternativas propostas. Estará<br />

mesmo certo dizer que um exemplo como ‘Os autores concordam com essa teoria e os<br />

nacionais são ainda mais enfáticos.’ é mais claro e traz mais ênfase ao estilo que ‘Os

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