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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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Gênero Textual<br />

Gêneros textuais são formas diferentes de expressão comunicativa. As muitas formas de<br />

elaboração de um texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu produtor. Logo,<br />

os gêneros desempenham papéis sociais, próprios do dia a dia: telefonema, sermão, cartas<br />

(comercial, pessoal, argumentativa, oficial...), romance, conto, crônica, poema, bilhete,<br />

reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística,<br />

horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante,<br />

panfletos, charges, quadrinhos, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha,<br />

edital de concurso, piada, fábula, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica,<br />

bate-papo por computador, apostilas, aulas virtuais etc.<br />

Portanto, não confunda tipo de texto com gênero textual. Estes são desdobramentos<br />

daqueles (mais fixos). Olhamos <strong>para</strong> um texto e dizemos que ele é do t-i-p-o dissertativo por<br />

causa de sua estrutura e de sua função, no entanto esse mesmo texto dissertativo pode se<br />

desdobrar em artigos (de opinião ou não), carta de leitor, carta de solicitação, carta<br />

argumentativa, discurso de defesa ou de acusação, resenha crítica, resumo, editorial,<br />

ensaio, seminário, conferência, palestra, verbete, resenha etc. (todos esses, gêneros<br />

textuais).<br />

Alguns gêneros textuais mais cobrados em provas são carta (argumentativa ou não),<br />

publicidade, charge, textos literários (poemas, crônicas, fragmentos de contos e<br />

romances), quadros e textos jornalísticos (notícias, entrevista, artigo de opinião,<br />

reportagem, artigos de opinião, editorial, classificados...).<br />

Infelizmente esta gramática não é um livro de redação, por isso recomendo que procure<br />

conhecer esses gêneros textuais em livros que tratam disso, como Para Entender o Texto –<br />

Leitura e Redação, de Platão e Fiorin e Texto e Interação – Uma Proposta de Produção<br />

Textual a partir de Gêneros e Projetos, de William Roberto Cereja e Thereza Cochar<br />

Magalhães.<br />

No entanto, como meus dedos coçam e sei que a “crônica” aparece frequentemente em<br />

concursos, deixarei que o grande mestre das nossas letras, Machado de Assis, explique-nos o<br />

que é uma crônica por meio de uma crônica:<br />

O nascimento da crônica<br />

Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que<br />

desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou<br />

simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos<br />

atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre<br />

amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a

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